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terça-feira, 22 de julho de 2014

3 meses de aprendizado

Quando a gente decide ter um filho, nem imagina onde vai se meter. Sim, se você for uma curiosa metódica como eu, vai ler todos os livros e todos os blogs sobre o assunto. Ainda assim, não dá para saber. A gente faz uma ideia, e na prática descobre que é tudo muito mais. É mais difícil, mais gostoso, mais cansativo, mais emotivo, mais MAIS.

Ser mãe foi a decisão mais linda que já tomei. Talvez a mais maluca também. Eu nunca fui muito fã de criança. Eu nunca tive paciência. Por isso, não tinha certeza se seria uma boa mãe. Porém, nunca quis arriscar a decisão de não ter filhos.

Um belo dia me bateu uma vontade enorme de engravidar. O marido já estava na vibe de ser pai. E a Oli chegou. Eu curti cada dia da gravidez. Eu amei ficar gravida. E a cada dia foi me dando a certeza de que a gente ia dar conta. Até ela nascer.

Aí, foi o caos na terra. O 1º mês foi puxadíssimo. Ela não dormia e chorava muito. Porém, a cada dia, um aprendizado. E a cada aprendizado as coisas foram ficando mais fáceis. No 2º mês passei a entender porque tem tanta mãe com mais de 1 filho. E no 3º mês passei a me sentir realizada. E imagino que daqui pra frente só vá melhorar.

Claro que há dias (e noites) mais difíceis, mas só de ver aqueles olhinhos que me acompanham em tudo que faço, lembro o quanto vale a pena.



Sim e nesses 3 meses, eu que sempre fui super caxias, do tipo que segue à risca toda recomendação profissional ou especializada, passei a não ser mais. Isso porque entendi que não se cria bebês seguindo uma receita de bolo. Bebês são mini-pessoas, com características e personalidades individuais e como tal, não se encaixam num molde padrão de criação.

E olha que não foi por falta de tentar. Tentei todas as técnicas ensinadas pelo Bebe mais feliz, pela Encantadora de bebes e pelo Nana Nenê. As vezes dava certo, outras não. Na maioria das vezes, não.
Então eu comecei a confiar mais no meu instinto. Às vezes eu acerto e outras erro, porém é assim que se aprende e se aperfeiçoa. E o melhor, de uma forma personalizada, em vez de padronizada.

De todos os aprendizados, 5 foram muito importantes:

1. Bebês precisam de rotina. Isso demanda planejamento, dedicação e organização. Porém, sempre tenha alguma flexibilidade. No nosso caso, a Oli parece ser tão metódica quanto a mãe. E no começo do estabelecimento da rotina, se alguma coisa fosse diferente, ela dava xiliques. Ai, fomos adaptando. Às vezes eu atrasava o horário de alguma atividade, ou mudava um pouco o cenário. Ajudou bastante. Agora ela é mais flexível, e está uma super parceirinha.

2. Não há nada que não possa piorar. Por isso, é importante sempre ver o lado positivo das coisas. Se você acha que um bebe que não dorme a noite é de amargar, agradeça por ao menos ele ter boa saúde. E aos poucos vocês se acertam. Lembre-se que tudo são fases.

3. A gente é capaz de amar infinitamente, mesmo cansadas, sem dormir, com a roupa suja de regurgito e dezenas de fraldas sujas para trocar. E aquela paciência que eu achava que não tinha, descobri ter uma fonte infinita 100% dedicada à Olivia.

4. Saber se comunicar e pedir ajuda quando precisar poupa muita energia. Eu tenho muita dificuldade nesse departamento. Não sei delegar a Olivia a ninguém. Estou aprendendo aos poucos e o marido tem sido incrível nesse sentido.

5. Galinha Pintadinha e A Turma do seu Lobato são ótimos passatempos para os bebes quando precisamos ir ao banheiro ou falar ao telefone.

E a vida segue cada dia mais especial e surpreendente.

Até o próximo post.