Quando a gente decide ter um filho, nem imagina onde vai se
meter. Sim, se você for uma curiosa metódica como eu, vai ler todos os livros e
todos os blogs sobre o assunto. Ainda assim, não dá para saber. A gente faz uma
ideia, e na prática descobre que é tudo muito mais. É mais difícil, mais
gostoso, mais cansativo, mais emotivo, mais MAIS.
Ser mãe foi a decisão mais linda que já tomei. Talvez a mais
maluca também. Eu nunca fui muito fã de criança. Eu nunca tive paciência. Por
isso, não tinha certeza se seria uma boa mãe. Porém, nunca quis arriscar a
decisão de não ter filhos.
Um belo dia me bateu uma vontade enorme de engravidar. O
marido já estava na vibe de ser pai. E a Oli chegou. Eu curti cada dia da
gravidez. Eu amei ficar gravida. E a cada dia foi me dando a certeza de que a
gente ia dar conta. Até ela nascer.
Aí, foi o caos na terra. O 1º mês foi puxadíssimo. Ela não
dormia e chorava muito. Porém, a cada dia, um aprendizado. E a cada aprendizado
as coisas foram ficando mais fáceis. No 2º mês passei a entender porque tem
tanta mãe com mais de 1 filho. E no 3º mês passei a me sentir realizada. E
imagino que daqui pra frente só vá melhorar.
Claro que há dias (e noites) mais difíceis, mas só de ver
aqueles olhinhos que me acompanham em tudo que faço, lembro o quanto vale a
pena.
Sim e nesses 3 meses, eu que sempre fui super caxias, do
tipo que segue à risca toda recomendação profissional ou especializada, passei
a não ser mais. Isso porque entendi que não se cria bebês seguindo uma receita
de bolo. Bebês são mini-pessoas, com características e personalidades
individuais e como tal, não se encaixam num molde padrão de criação.
E olha que não foi por falta de tentar. Tentei todas as
técnicas ensinadas pelo Bebe mais feliz, pela Encantadora de bebes e pelo Nana
Nenê. As vezes dava certo, outras não. Na maioria das vezes, não.
Então eu comecei a confiar mais no meu instinto. Às vezes eu
acerto e outras erro, porém é assim que se aprende e se aperfeiçoa. E o melhor,
de uma forma personalizada, em vez de padronizada.
De todos os aprendizados, 5 foram muito importantes:
1. Bebês precisam de rotina. Isso demanda planejamento,
dedicação e organização. Porém, sempre tenha alguma flexibilidade. No nosso
caso, a Oli parece ser tão metódica quanto a mãe. E no começo do estabelecimento
da rotina, se alguma coisa fosse diferente, ela dava xiliques. Ai, fomos
adaptando. Às vezes eu atrasava o horário de alguma atividade, ou mudava um
pouco o cenário. Ajudou bastante. Agora ela é mais flexível, e está uma super
parceirinha.
2. Não há nada que não possa piorar. Por isso, é importante
sempre ver o lado positivo das coisas. Se você acha que um bebe que não dorme a
noite é de amargar, agradeça por ao menos ele ter boa saúde. E aos poucos vocês
se acertam. Lembre-se que tudo são fases.
3. A gente é capaz de amar infinitamente, mesmo cansadas,
sem dormir, com a roupa suja de regurgito e dezenas de fraldas sujas para
trocar. E aquela paciência que eu achava que não tinha, descobri ter uma fonte
infinita 100% dedicada à Olivia.
4. Saber se comunicar e pedir ajuda quando precisar poupa
muita energia. Eu tenho muita dificuldade nesse departamento. Não sei delegar a
Olivia a ninguém. Estou aprendendo aos poucos e o marido tem sido incrível
nesse sentido.
5. Galinha Pintadinha e A Turma do seu Lobato são ótimos
passatempos para os bebes quando precisamos ir ao banheiro ou falar ao
telefone.
E a vida segue cada dia mais especial e surpreendente.
Até o próximo post.