Eu disse que não faltaria assunto nesse tema, não é mesmo? E
hoje o foco é a alimentação. Não, não vamos mais falar de amamentar ou de
oferecer mamadeira. A Oli já começou a fase das papinhas. Eeeeee!
Ou não.
Eu explico. Sabe aquela visão super romântica que temos
sobre a primeira papinha, do bebê se lambuzando, abrindo a boquinha querendo
mais? Aqui não rolou.
Por conta da alergia alimentar (ai, ai... sei lá quantas
frases já comecei assim, mas faz parte), a Oli não começou no tradicional
suquinho de laranja lima, e depois foi pras frutinhas. Não teve essa transição
gentil. Não, não.
Aqui o esquema foi intenso. Começamos logo de cara com papa
salgada. E para conter as reações, a introdução alimentar da Oli prevê o teste
de cada alimento novo por um mínimo de 4 dias. Dando certo, entra outro
ingrediente.
A Oli começou com papa de chuchu. Como ela está indo bem,
nessa 3ª semana de introdução alimentar já estamos no chuchu, com arroz e
frango, e possivelmente teremos mandioquinha logo mais.
Então vamos lá. Meu primeiro erro foi me iludir acreditando
na cena romântica dela provando a primeira papinha. Tinha até minha mãe junto,
para filmar e fotografar a experiência.
E aí vem o erro que provavelmente descambou tudo: eu resolvi
preparar a papa na hora. E queria ser eu a fazer a primeira papa (Aliás,
continuo sendo eu. Não delego mesmo). A gastro disse: “você vai colocar 1
chuchu descascado e picado para ferver em 250 ml de água e deixar lá até a água
quase secar o chuchu ficar bem macio para amassar com o garfo.”
Gente, não sei bem o que houve, mas o chuchu não amolecia o
suficiente. A água secava e o chuchu lá, firme. Ai eu colocava mais água e
esperava... Bom, nisso passou da hora dela de mamar/papar e tive que encarar a
fera. Então, a dica aqui é preparar a papa de véspera e só aquecer um pouco
antes.
E enquanto eu preparava o papá, não me ocorreu de já montar
o cadeirão, separar o babador e o paninho pra limpar a sujeira que seria feita
com certeza. Mais tempo perdido.
Aí, com ela impaciente, fui eu tentar dar o papá. Ela estava
com fome e para ela, fome se mata com mamadeira. E lá vinha a mãe maluca com
uma colherinha com um negócio que ela nunca viu tentando colocar na boca dela.
Lá pela terceira tentativa ela abriu o berreiro. O que a mãe
fez? Apelou pro mamá. Preparei o mamá, ela toda ansiosa achando que ia mamar e
aí, qual foi a pegadinha? Tentei dar o mamá na colherinha para ver se ela
entendia o que fazer.
Não façam isso, minha gente. Fazer pegadinhas com a comida
dos pequenos é muito golpe baixo. Porém, a mãe ansiosa aqui nem se deu conta e
errou de novo.
Mais choro.
Outra dica é: não aproveitem a boca aberta pelo choro para
tentar dar o papá. Das duas uma: ou o bebê cospe tudo em você ou ele engasga.
Nenhuma das alternativas é legal.
E eu não consigo ver ela chorando muito tempo. Então a
primeira tentativa foi um grande #fail.
No 2º dia, munida dos aprendizados da primeira tentativa,
foi melhor. Sentei ela para comer com 30 minutos de antecedência à hora do
mamá. Ela chegou a comer meia porção. Mas ai, entendi outra coisa: o lugar onde
o bebe vai estar enquanto come tem que ser confortável. E o cadeirão dela, não
era.
Além do revestimento plástico ser quente pacas, e no calor
que fazia naquela semana piorava tudo, o cinto do cadeirão tensionava muito no
tórax dela.
No 3º dia já coloquei ela na cadeirinha que ela ama ver tv e
ela papou o prato todo. Porém, já li que desde pequenos as crianças devem fazer
as refeições à mesa. E continuei quebrando a cabeça, porém enquanto isso, ia na
cadeirinha mesmo.
Aqui vale uma emenda: no 4º dia ela comeu tudo, porque o papai dela deu o papá, com a maior calma do mundo.
Aqui vale uma emenda: no 4º dia ela comeu tudo, porque o papai dela deu o papá, com a maior calma do mundo.
No 7º dia me deu o estalo: eu tinha comprado na Amazon um
negócio chamado Tot Seat. Basicamente é um pano com ajustes para ser amarrado
na cadeira (qualquer cadeira) que prende o bebê de forma segura para ele poder
fazer as refeições. Instalei o treco no cadeirão e deu certo. Finalmente ela
passou a comer tudo sem reclamar. Bom, não sei se foi só isso, ou se o fato de
o papá ter passado a ter arroz ajudou também.
aqui ela está sem o tot seat. tinha improvisado com uma toalha antes de lembrar dele. |
O Tot Seat é super prático, vem com uma bolsinha e dá para
levar na bolsa. Aí, mesmo em restaurantes que oferecem cadeirões (que não parecem
muito seguros) é só usar o tot seat e fica tudo certo.
esse é o tot seat! |
Agora finalizando a aprovação desses 4 alimentos vamos pra
próxima etapa. Mais 4. E as frutinhas ficam mais pro fim, quando tivermos uma
boa gama de alimentos aprovados.
No fim, tudo parece estar dando certo. Vamos acompanhando...
Como foi a experiência de vocês com o primeiro papá?