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quinta-feira, 19 de março de 2015

Oli no mundo dos livros

Antes da Oli nascer eu escrevi um post sobre a importância de se contar histórias. No post eu dizia que eu conversava muito com a Oli na barriga, contava histórias da família e inclusive estava montando um livrinho com fotos para contar sobre como tinha sido a nossa vida com ela na barriga.

Bom, não sei se isso influenciou alguma coisa, mas desde muito bebezinha a Oli adora livros. Com ela ainda muito pitica eu lia todo fim de tarde uma historinha para ela. Ela ficava ouvindo minha voz e vendo as imagens que eu mostrava para ela, super calminha.


Com 3 meses ela ganhou um livro de pano do dindo dela. O livrinho era o máximo, porque além de macio, podia ser lavado na máquina e as suas imagens eram presas nas páginas com velcro e um resistente fio. Então ela mexia no livro, virava as páginas destacava as imagens (sem o perigo de engoli-las) e assim ficava por horas. Inclusive, esse livrinho ia conosco pra todo lado, pois em caso de irritação, era o que funcionava para acalma-la. (tem até foto dela no batizado com o tal livrinho).


Aí, ela ganhou uns livrinhos menores, porém com páginas empastadas (páginas grossas). São perfeitos para ela manusear com suas mãos. Alguns tem histórias curtas, outros tem apenas imagens. E além de ver os livrinhos, ela também gosta de mordê-los. Ainda bem que eles aguentam.

Depois ela entrou na fase das revistas. Porém, ela descobriu que rasgar as páginas das revistas era mais legal que vê-las. E com isso, eu tive que dar um tempo nos livros tradicionais, com papel couche, porque ela tentava rasgar as páginas ou coloca-las na boca. Essa fase já passou, ufa!

Hoje ela simplesmente adora os livrinhos. Tem vários. Do tipo simples, com texturas, interativos, que tocam música... E sempre que ela começa a ficar mais chatinha, basta dizer: “Oli, vamos ver um livrinho?” E lá vem ela toda interessada. (imagina se a mamãe geek que adora livros não fica toda contente?)


Também gosto dos livrinhos para os pequenos pela praticidade: fáceis de levar na bolsa, não ocupam muito espaço em casa e são tantas opções que alguma deve agradar.

Aliás, ontem fizemos um passeio muito legal, por indicação de uma amiga. Fomo no espaço infantil da Livraria Cultura no Shopping Iguatemi. Não só ela se esbaldou com os livros, como adorou o ambiente cheio de colchonetes e módulos coloridos. O bacana é que pude mostrar alguns livrinhos de lá para ela e entender o nível de interesse antes de comprar. 

Acabamos escolhendo 2: um que vinha em uma caixa com 6 mini-livrinhos e 6 blocos ilustrados e outro que era o Tchibum do Palavra Cantada, que toca a música e tem botões de sons. Ela amou! 

Aliás, vale se informar sobre as sessões de teatrinho que acontecem aos domingos no espaço. Infelizmente não conseguirei ir com a Oli nos próximos, por conta de eventos que já temos, mas se em abril tiver mais, com certeza iremos!

E os seus pequenos, gostam de histórias e livrinhos?

quarta-feira, 11 de março de 2015

A quem possa ajudar

Nos meus últimos encontros com minhas amigas mães (principalmente as de 1ª viagem, como eu), um assunto tem sido recorrente: Meu marido não me ajuda.

Eu, inclusive, já dividi com vocês que às vezes bate um sentimento de injustiça quando me dou conta que o maridão tem muito mais liberdade do que eu no que tange seu “tempo livre” – ele vai a happy hours sem precisar se planejar todo, mantem a rotina da natação, lê o jornal, entre outras coisas. Porém, não posso reclamar, pois ele me ajuda pacas. Até hoje é ele quem assume as panelas da casa aos finais de semana para que eu dê conta das coisas da Oli.

E aliás, ele se superou no início, pois era ele quem dizia: Teca, se você precisa de ajuda, você precisa me dizer. E eu, querendo ser a melhor mãe do mundo, que dá conta e não precisa de ninguém, deixava sempre a coisa chegar num ponto tão crítico, que quando eu pedia a ajuda dele, já não sabia mais para o que seria. E isso era frustrante para os dois – ou melhor, três, incluindo a Oli.

Ai, vem um ponto: muitos maridos não ajudam, porque a ajuda deles não é solicitada. E quando digo solicitada, é isso mesmo. Homens, no geral, são seres práticos e objetivos. Diferentes de nós, eles dificilmente intuem ou deduzem que precisamos de ajuda. Ainda mais quando parecemos dar conta. Então, para ter ajuda, é bom começar a pedir.

Bom, se você for um pai/marido, vale lembrar que também não custa nada oferecer ajuda, mesmo quando parece que a mãe está com tudo sob controle. Vale qualquer ajuda: lavar mamadeiras, fazer o almoço, comprar alguma coisa que esteja faltando (em vez de ficar lembrando a mulher do que precisa ser comprado), ficar com o bebê para que ela possa fazer algo que ela goste... Como diz o ditado: Happy Wife, Happy Life (Esposa feliz, vida feliz).

Voltando às mães: para pedir ajuda, também é preciso estar preparada para aceita-la. Esse é meu maior problema. Sou controladora e perfeccionista. Inúmeras vezes me vi corrigindo o marido, ou qualquer pessoa que esteja com a Oli na forma de lidar com ela. E isso atrapalha. Não só a pessoa que está disposta a nos ajudar, como também a nós mesmas, que não podemos desfrutar da ajuda para fazer outras coisas.

Lembro que a primeira vez que deixei a Oli com o pai, foi para ir ao casamento de uma amiga querida, e a Oli estava com quase 5 meses. E infelizmente, eu ainda não estava preparada. Sei disso, porque não aproveitei nada a festa. Fiquei grudada no celular, bombardeando o marido no whatsapp para garantir que estivesse tudo bem em casa. E estava. E eu perdi uma festa deliciosa, porque não soube desapegar.

Porém, foi uma ótima experiência. Aos poucos, fui desencanando mais. Ai, outro dia a deixei com ele para ir ao cabeleireiro (coisa muito rara). Outra para ir jantar com minhas amigas e por ai foi.

O mais legal foi ver que ele estava contente em poder me ajudar. E o quanto isso aproximou ele e a Oli. Eles são o maior grudinho. (momento awnnnn... meu coração dispara só de lembrar dos dois juntos)


E não importa se você não trabalha fora, se tem babá ou se a criança vai para escola. Isso não desmerece ou anula a sua necessidade de ajuda paterna. É sempre bom ter em mente que o filho é de responsabilidade dos pais e das mães. E o dever de cuidar, educar e fazer dele um ser realizado e feliz é de ambos.

Aliás, até falo para vocês que por muito tempo eu me sentia mal por ficar com uma certa invejinha do marido e da liberdade dele. Poxa, ele me ofereceu a oportunidade de poder cuidar integralmente da coisa mais preciosa que temos, acompanhar cada nova descoberta, enquanto ele fica lá no escritório ralando para nos manter, e eu aqui emburrada porque ele continua indo nadar a noite sempre que pode.

Ai caiu a ficha: a sortuda da história sou eu. Que além desse enorme privilégio, ainda posso ter um tempinho para mim sempre que eu peço a ajuda dele.

Então vamos combinar: quem quer ajuda precisa pedir. E em muitos casos, exigir. Porém, reclamar sem ao menos tentar, não adianta nada, né?

E Marido, super obrigada por tudo! 

segunda-feira, 9 de março de 2015

Mães Possíveis: Juliana Zanardi Caputo, mãe de gêmeos

Ser mãe é uma grande aventura. Imaginem, então, descobrir que na sua primeira gravidez você vai encarar um desafio duplo? Hoje o bate papo é com a Ju, 34 anos, buyer no site OQVestir, mãe de um casal de gêmeos de quase 2 anos, o Tomás e a Cecília.


Palpiteca: Qual foi a sensação de descobrir que vocês seriam pais de gêmeos?

Juliana: Foi o maior susto que já tomamos na vida! Eu tive um aborto espontâneo no segundo mês da minha primeira gestação, então eu e o Gui estávamos receosos. Meu obstetra disse que seria normal demorar um ano para engravidar novamente, mas aconteceu um mês depois. Tive um sangramento logo que descobri a segunda gravidez, assim como da primeira vez, ficamos desesperados e voamos para o hospital. Lá a médica disse: “Fiquem calmos, os bebês estão bem “. Um olhou para a cara do outro e falou “Oi?”. Me arrepia até hoje esse dia! Eu achei que estava perdendo de novo e na verdade estava ganhando dois!

Palpiteca: A gravidez foi tranquila ou você teve que tomar algum cuidado especial?

Juliana: No geral foi tranquila. Tive que usar meia calça de alta compressão a partir do quarto mês e cinta de sustentação a partir do quinto, como uma ajudinha extra porque minha barriga ficou muito pesada e meu quadril é estreito. Eles nasceram de 34 semanas e trabalhei normalmente até a 32, dirigindo e tudo mais.

Palpiteca: Qual foi o maior desafio que vocês enfrentaram nos primeiros dias?

Juliana: Acho que os desafios são os mesmos para as mães de primeira viagem independente da quantidade de bebês! A gente sente medo de absolutamente tudo. No nosso caso tivemos que lidar com a UTI Neonatal que é bem puxada. As crianças nasceram bem, nem precisaram entubar, mas precisaram ficar na UTI para ganhar peso. O Tomás ficou 19 dias e a Cecília 23 dias.

Palpiteca: Qual é a coisa mais desafiadora e a mais bacana de se ter gêmeos?

Juliana: O mais desafiador com certeza é atender a demanda sem deixar nada para trás. A diferença entre um menino e uma menina é enorme, mas ao mesmo tempo eles precisam das mesmas coisas e, na maioria das vezes, o que eles precisam sou EU! E isso faz com que a experiência de gêmeos seja maravilhosa, é tanto amor e carinho, vindo de todos os lados!


Palpiteca: E hoje, como funciona o dia a dia de vocês?

Juliana: Por incrível que pareça, nosso dia a dia é tranquilo. Deixo as crianças na escola bem cedo (eles já frequentam a escolinha desde os 4 meses), vou trabalhar e busco no final do dia. Nunca tivemos babá. Ficamos tão pouco com as crianças durante a semana, só um pouquinho de manhã e um pouquinho a noite, que não tenho coragem de dividir isso com ninguém. Os finais de semana são puxados, mas são nesses momentos que aprendemos mais com eles e sobre eles.


Palpiteca: Alguma dica especial para as futuras mamães de gêmeos?

Juliana: Minha dica é sempre “tenha calma”. Parece muito, parece complicado e difícil, mas não é. São crianças que precisam do nosso amor e atenção. Temos, claro, que abrir mão de algumas prioridades, mas isso faz parte da maternidade e a recompensa sempre vale a pena!

Ju, a Cecília e o Tomás são lindos de viver. Foi uma delícia saber mais da vida de vocês. Obrigada por participar e compartilhar sua história com a gente.