Quem nos acompanha no insta e no facebook deve ter visto que
semana passada fomos comprar uma caminha para a Oli. Muita gente me questionou
se não era muito cedo para isso. Aí, completando 1 semana da transição,
preparei este post para contar a nossa experiência e quem sabe ajudar quem está
entrando nesta fase também. Já aviso que procurei dar bastante detalhe, então o
post está longo =)
A Oli tem 1 ano e 4 meses, é super ativa e espertinha (ok,
toda mãe deve falar isso). E aí, eu explico: lá pelo dia 12, após acordar da
soneca da tarde a pitica conseguiu descer a grade do berço. (O berço dela tinha
grade do tipo grade guilhotina, que sobe e desce para “facilitar a vida dos
pais”). E quando entrei no quarto para pegá-la, na animação ela tentou sair
sozinha e foi de cabeça no chão.
Não gosto nem de lembrar, porque eu vi a cena acontecendo em
câmera lenta, tentei pegá-la e não consegui. O som da cabeça batendo no chão
continua ecoando em mim. Espero que nenhum de vocês passe por isso. Em seguida
veio o choro, o galo e a ligação para o pediatra. Por sorte, nada mais sério
aconteceu. Porém a orientação que veio foi: talvez esteja na hora de tirá-la do
berço.
E aqui em casa não existe talvez. É ou não é. E cedo ou não,
resolvemos passa-la para a cama.
Aqui abre parênteses para o meu palpite n.1: Não apressem a
passagem da cama para o berço. Se o bebê está tranquilo no bercinho, dorme bem
e não tenta sair, mantenha como está. Cada bebê tem o seu tempo. E no caso da
Oli, levamos em consideração a personalidade dela. Ela é metida a independente
(quando convém). Sempre gosta de tentar tudo sozinha até esgotar as
possibilidades. E aí ela vem pedir a mão. Ou seja, mesmo caindo do berço, ela
provavelmente tentaria sair de novo e poderia se machucar.
O berço dela vira uma mini-cama padrão americano. Então
desmontamos a estrutura de berço (grades, reforço de peseira, cabeceira e
rodinhas) e fizemos o teste do subir e descer sozinha. Aí veio o problema. O
que era ótimo para o berço, ter um grande gaveteiro embaixo, para a mini-cama
da independente Oli não funcionou. Isso porque a mini-cama ficava muito alta, e
a Oli caia pra trás quando tentava subir. Ou seja, não resolve o problema.
Solução intermediária: colchão sobre o estrado do berço no
chão, com grade provisória, daquelas que se usa em cama de criança. Ainda
assim, a gente não achou que este improviso estava muito legal, nem
visualmente, nem ergonomicamente (para os pais).
Ai, dei uma pesquisada em mini-camas, com a intenção de
aproveitar o colchão. Infelizmente, não encontramos nada deste tamanho e o
próximo passo foi encarar uma mini-cama padrão. Pesquisei em lojas
especializadas, marcenarias, Etna e Tok&Stok.
O preço de uma mini cama de lojas especializadas ou de
marcenaria foi de cair para trás. E pensando que a mini-cama seria uma solução
a médio prazo, uma vez que com 7 ou 8 anos a criança passa para uma cama maior,
não achamos que valia o investimento.
A gente adorou o modelo Pin da Tok&Stok, em madeira, por
ser mais atemporal. Fiz o teste na loja com a Oli para ver se ela conseguia
subir e descer sozinha e foi tranquilo.
Comprei a cama, trouxe para casa e montei. SOZINHA (afinal o
papai tem que dar conta do expediente no escritório para podermos comprar a
cama, né)! Muito orgulho de mim =)
Pausa para o palpite n2: Dá para comprar a cama pela
internet por preço mais em conta? Dá! Porém, por ser a primeira caminha eu
achei que valia conferir o produto pessoalmente (qualidade, acabamento,
dimensões) e testar com a Oli. Pagamos mais por isso, porém acho que vale a
pena.
Ah, no caminho ainda lembrei que as roupas de cama que temos
da Oli não serviriam para esta nova fase então ainda desviei o caminho para
comprar o básico (que no caso da Oli é apenas lençol de baixo, com elástico).
Bom, aí começou o teste.
Depois de montada a cama (no meu quarto, enquanto ela tirava
a soneca da tarde) e transferida para o quarto dela, foi o momento de
apresentar a novidade. Enchi a cama com as coisas dela: protetores de berço
feitos pela vovó (que agora não tem mais problema usar), naninhas, travesseiro,
bichinhos fofos que ela adora e fiz a maior festa quando entramos no quarto.
A princípio ela achou aquilo meio estranho, mas aí eu entrei
na cama, mostrei o que tinha lá, e logo ela se animou. Aí, entrava e saia de lá
levando e trazendo mais coisas. Expliquei que lá era onde ela iria nanar com os
bichinhos dela, e ela até simulou um “nãana” lá.
Na hora de dormir, mantive a rotina normal dela e foi
tranquilo. Ela não estranhou. Por via das dúvidas, nas 3 primeiras noites eu
dormi no quarto dela na cama auxiliar. E foi sossegado. Ela até dava umas leves
despertadas no meio da noite, porém logo virava e voltava a dormir. Sem me dar
muito trabalho.
De manhã ela acorda e fica fazendo preguiça ou brincando na
cama. Só sai quando a gente entra no quarto.
Para garantir a nossa tranquilidade, temos um portão de
segurança na porta dela, afinal, logo na saída da porta tem uma escada, e
cobrimos todas as tomadas. E a babá eletrônica continua em plena função.
A impressão que tive é que na caminha ela entende que pode
entrar e sair quando quiser, o que lhe dá mais independência. Outra coisa é que
a caminha é maior que o berço, o que lhe dá mais liberdade de movimento e
conforto.
O único episódio que tivemos foi na noite de domingo, quando
ela acordou do que parece ter sido um pesadelo. E não me deixou ir embora do
quarto. Aqui entra o último palpite: Agradeci por ter mantido o colchão do
berço dela ao lado da cama, para a fase de transição. Pois foi ali que fiquei
sentada e depois deitada de mão dada com ela – ainda na cama – até acalmar e
adormecer novamente. Acho super valido fazer isso e manterei o colchão de apoio
lá até sentir que não é mais necessário.
Foi uma transição tranquila e tenho achado muito positivo
para ela (ainda bem, né?). Ao mesmo tempo, estou assustada com o quão rápido o tempo está
passando...
E por aí, como foi esta transição?