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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Abaixo a ditadura da beleza

Ainda mais quando o foco são bebês e crianças. Gente, nunca pensei que um dia me veria escrevendo um post assim. Sim, eu sou conhecida por ter opiniões fortes e ser um pouco incisiva demais ao expressá-las, mas não quero que o Palpiteca seja um canal para isso.

No entanto, hoje de manhã, ao passar os olhos pela minha timeline pessoal, vejo um post de uma mãe – que eu não conheço – sinalizando que já havia furado a orelha da filha na saída da maternidade. Porém o brinco machucou a bebê, ela tirou o brinco para trocar, o furo fechou e agora “precisava” furar de novo, por conta de um evento importante. Se já machucou uma vez, por que “precisa” submeter a pequena a uma possibilidade de machucar de novo?

Eu demorei pacas para furar a orelha da Oli. E sim, eu ficava incomodada toda vez que alguém a confundia com um menino, mas faz parte. Bebê é bebê e eu tinha dó.

Todo mundo dizia, “mas você TEM que furar” ou “fura agora que ela não sente, porque depois é pior” e por aí vai. Mais que ter dó, a Oli reagia a muita coisa, era super sensível. Eu não queria arriscar o desconforto. Só furei quando ela completou 7 meses e parecia super bem. Ela não chorou, como disseram que choraria. O furo não inflamou, nem o brinco machucou. Ufa.

Mas depois de furar, eu passei a ficar tensa. Toda vez que ela tirava uma soneca, lá ia eu conferir se o brinco não tinha enroscado em alguma coisa (a Oli se mexe demais enquanto dorme.... é quase uma ginasta em plena atividade, só que dormindo). E toda vez que ela chora no berço, a primeira coisa que me passa na cabeça é isso. Ainda bem que até hoje nada aconteceu.

Eu também tinha dó de grudar laço na cabeça dela. Um dia eu tinha um evento e cedi. Lá fui eu grudar um laço. E quem disse que a noite o bendito saiu facilmente, como me disseram que sairia? Ele grudou na penugem que ela tinha e foi preciso muito óleo para descolar aquela coisa. Nunca mais.

Aí eu resolvi tentar a faixa. Tem umas que são ótimas e não machucam nada. Mas tem outras que apertam e marcam a cabeça dela (ela tem uma cabeça mais avantajada). Se eu me incomodo de usar coisa apertada da cabeça, por que vou forçar a Oli a fazer o mesmo?

Agora que ela tem bastante cabelo, de vez em quando, até uso umas fivelinhas para bebês, mas sempre fico de olho. Enquanto estou por perto eu deixo a fivela, se saio de perto a fivela vem junto. E isso, mesmo antes daquele episódio da bebê que morreu porque uma fivelinha estacou no esôfago dela. Morro de medo!

Sapato então, basta eu colocar para ela tirar e colocar na boca. Ela acha que sapato é mordedor. Ainda mais se está calor. Nada de sapato. Vai descalça mesmo que é mais gostoso. (Até no batizado ela ficou descalça. Porém, foi porque na correria eu esqueci mesmo e aposto que ela adorou.)

Ai paro e penso: Gente, de onde vem essa “necessidade” de o bebê ou a criança “ter” que estar sempre impecável? Aqui é uma opinião MINHA, mas acho que bebê e criança tem mesmo é que estar confortável. Já basta o desconforto que é nascer e se desenvolver. Bebê tem que estar à vontade para brincar, se divertir e aprender.


Roupas cheias de frufru, de botões, zíper e afins, até entram no guarda-roupas dela, mas dificilmente saem para passear. Em casa a Oli passa o dia de body e se está muito calor, só de tapa-fralda. Se vamos sair eu até arrumo ela um pouco, mas sempre de forma confortável.

Aí vem gente que diz: "se você não acostumar ela desde pequena, depois será mais difícil." 
Mas quer saber? Depois é depois. Aí, lá na frente eu me preocupo como resolver.

Enquanto ela estiver confortável e feliz, eu também estou. 

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Posso abusar um pouquinho?

Quando a gente se torna mãe, acaba descobrindo ou mesmo conferindo novos significados a velhas expressões. Na última sexta-feira, a pergunta do título do post foi a que me chamou atenção.

Eu estava recebendo duas amigas em casa. Uma delas mora fora do Brasil e eu não a via há quase 1 ano e ela estava em casa para finalmente conhecer a Oli. Lá pelo fim do dia, eu que na fase atual não tenho tido muito tempo para nada, me vi com mamadeiras para lavar, roupas para guardar, banho para tomar e papá para aquecer. Não tive dúvida e lá foi a pergunta: Posso abusar um pouquinho?

As duas ficaram me olhando com cara de interrogação. Geralmente a gente pergunta isso quando quer um copo de água e está com preguiça de pegar, ou está com alguma coisa emprestada e quer demorar mais para devolver...

Não, eu não pedi para minhas amigas fazerem o meu trabalho atrasado. Apenas pedi para que assumissem a Oli enquanto e dava conta do recado. Não que ficar com a Oli seja desagradável, muito pelo contrário. Porém, foi depois de descer as escadas relaxada após um banho tomado sem me preocupar se a Oli ainda estava onde a deixei, ou se tinha conseguido fazer alguma arte na minha ausência que me dei conta do meu abuso.

Eu abandonei as minhas “visitas” por quase meia hora para conseguir fazer outras coisas que precisava. Mesmo as tendo deixado em ótima companhia – segundo elas mesmas disseram – fiquei com um pouco de vergonha depois.

A Oli anda a mil. Semana passada ela ainda estava se arrastando pela casa, um pouco chororô (imagino que pela frustração de não conseguir fazer o que quer) e ainda assim eu a deleguei por alguns minutos.

Essa não foi a primeira vez que fiz isso. Também já pedi para a sogra ir ao mercado por mim, para minha mãe assumir a Oli quando tenho prazos a cumprir, entre outras coisinhas.

Apenas me dei conta do que fiz porque logo em seguida a luz acabou devido ao temporal e as amigas ficaram ilhadas na minha casa – e eu AMEI porque deu para conversar e jantar tomando um vinho enquanto a Oli dormia – e o assunto surgiu em forma de piada, quando relatei ao marido o acontecido.

E ai é que a gente lembra como é bom ter gente querida por perto para dar uma força quando menos esperamos.

Poder abusar um pouquinho é uma delícia. E a Oli também adorou... 

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Dicas de Brinquedos e Brincadeiras para Bebês de 6 a 9 meses

Hoje a Oli completou 8 meses. Gente, os 3 primeiros meses custaram a passar, mas a partir do 4º mês o tempo tem voado. E como já contei em outro post, eu fico com a pequena em tempo integral. Por isso, haja entretenimento. Então, em homenagem ao mesversário da Oli, resolvi fazer um post sobre diversão para pequenos da faixa etária dela. Espero que gostem!

Além do passeio da manhã, eu acabei criando aqui em casa algumas estruturas para entreter a Oli
Não vou mentir, fica tudo um pouco bagunçado, mas tem dado certo. Fiz assim:

- Na sala temos a cadeirinha da Fischer-Price, onde ela assiste aos desenhos (com bastante moderação) e o Quadrado (ou cercadinho) com brinquedos.

- No quarto dela tem o Jumperoo (esse pula-pula é uma herança abençoada do primo Lipe) e um cesto com brinquedos. No caso do Pula-Pula, recomendo alugar, pois é um trambolho para guardar depois que não está mais em uso. Tem varios sites de aluguel de brinquedos que alugam, como a TR Kids.

- Em dias de sol, monto o tapete de EVA no deck e levo alguns brinquedos do quadrado.

- E quando preciso me arrumar e mantê-la entretida e segura, ela fica no balancinho também da Fischer-Price (herança do primo Lipe) que tem no meu quarto.

Aí, eu vou alternando os lugares de atividades durante o dia para variar os estímulos. (Ainda vou falar sobre ter um bebê ariano em casa).

Agora vamos aos brinquedos preferidos (vai ter muita coisa da Fischer-Price, e eu garanto que isso não é um publi. É que eles realmente fazem muita coisa boa para os bebês. Porém, existem itens similares de outras marcas):

- Qualquer um que seja colorido, pisque luz e tenha som. Sério! Os pais as vezes ficam meio enlouquecidos com as musiquinhas, mas é super importante para o desenvolvimento do bebê. Recentemente ela ganhou 2 do primo Arthur que ela simplesmente amou. São a mesinha de música (tem foto no insta) e o tamborzinho que vira um rolinho (e estimula o bebê a engatinhar). Ela ama! A mesinha fica no quarto e o tamborzinho na sala. Ambos são da Fischer-Price.

No quadrado com a amiguinha, vocês podem ver o tambor e a girafa.

- Ela adora livrinhos. Até recentemente ela era viciada em um livrinho de pano que o dindo deu de presente. Ela vivia com o livrinho e temos inúmeras fotos dela virando páginas e mordendo o livro (algumas no insta).

- Girafinha da Fischer-Price. Ela adora morder a girafa, derrubar a girafa e brincar com os cubinhos.

- Potinhos da Fischer-Price, que ela ganhou da vovó no dia das crianças. Super versátil. Usamos no banho, na piscina e no chão. Ela adora morder e derrubar as torres que eu monto. Logo mais, será ela a montar e derrubar as torres.

Com os potinhos e o mordedor
- Mordedores em geral. De preferência os que façam barulhinhos. Eu não sou fã de mordedores duros, pois como a coordenação dos bebês ainda não está 100%, é comum eles se baterem com o brinquedo. Aí dá o maior dó. Agora que a Oli está ficando mais coordenada eu até libero um ou outro, mas sob supervisão.

- Esse final de semana ela ganhou da bivó uma cestinha de mercado com frutas de plástico (tem foto no insta e na nossa fanpage). Sem marca especifica. Ela simplesmente amou. É um brinquedo super simples, porém muito colorido. Ela mordeu, colocou e tirou as frutas da cesta, derrubou a cesta... foi uma farra. Ficou entretida a tarde toda.

Esses brinquedos fazem o maior sucesso por aqui. E tem ajudado a mamãe a dar conta do recado.

Em termos de brincadeira, ela gosta das coisas mais simples:

- Caretas e barulhos com a boca. Ela inclusive já aprendeu a imitar alguns barulhos.

- Eu sou super desafinada, mas ela adora quando eu canto para ela. E como já decorei todas as musiquinhas infantis, o repertório é grande. Porém, por algum motivo ela gosta mesmo é de Samba-Lelê.

- Outra coisa que ela gosta é de dançar comigo. Pego ela no colo e fico cantando e dançando. Aí, no meio da dança agacho e finjo que vai cair... Ela se agarra em mim e morre de rir. Posso ficar um tempão fazendo isso. (Bom pra entrar em forma, hihihi)

- Brincar de esconder. Usando um pano, cubro a minha cabeça ou o rostinho dela e pergunto Cadê. Quando tiro, falou Achô. Super simples e gargalha até. Agora ela está aprendendo a puxar o pano quando pergunto cadê.

- Rasgar revistas. Gente, ela ama rasgar revistas. Então, pegamos as revistas velhas e damos na mão dela, com muita supervisão para ela não colocar na boca os papéis. E os pedacinhos eu vou juntando em uma grande bola. Depois fico jogando pra cima, o que ela também adora. (lembrar de sempre ficar de olho e limpar bem as mãos depois, pois tinta de revista não é nada do bem) 
Importante: não recomendo dar sulfite ou papéis mais encorpados para rasgar, porque os pequenos se cortam no papel.

Aqui, por enquanto, esses são infalíveis. E vale lembrar, que são dicas baseadas nas preferências da Oli.

E por aí, o que é garantia de diversão?

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Um bom trabalho merece muito crédito

Gente, sabe quando você tem uma experiência tão maravilhosa que você quer contar para todo mundo, para que mais pessoas possam viver o que você viveu? Então vamos lá. Hoje eu vou contar para vocês sobre o trabalho de fotografia das meninas maravilhosas que registraram o batizado da Oli.

A gente optou por fazer um batizado super íntimo, só para família mesmo. E uma coisa que eu já tinha na cabeça é que eu queria ter o registro desta ocasião tão especial. Porém, não queria qualquer foto. Eu queria aquelas fotos incríveis que a gente acha que só encontra no Pinterest, ou no Instagram de gente muito entendida de foto.

Eu já contei para vocês quando fizemos as fotos da barriga da Oli que quem fotografou foi a dinda dela, e que o resultado foi incrível, pois ela estava muito envolvida com o projeto. O nascimento da Oli foi fotografado pela minha mãe, que também estava super envolvida com o acontecimento e ficou lindo demais. Porém, no batizado, não daria para contar com nenhuma das duas, pois elas participariam ativamente de outra forma.

Aí que fui fuçar por aí (e quando digo por aí, quero dizer no próprio instagram) e me deparei com um perfil que trazia as fotos que eu imaginava ter. E o melhor, eu nem sabia que as meninas responsáveis por aquelas fotos, eram conhecidas minhas de infância. Bom, chega de enrolar, que eu vou dizer quem são e depois vou contar porque me encantei pelo trabalho delas, que vai muito além de lindas fotos. Estou falando de Carol Stiebler e Nathalia Bucciarelli, da Stiebler & Bucciarelli Photography.

Por que me encantei? Não só elas são excelentes fotógrafas, como são de uma delicadeza ímpar, são super discretas e atenciosas e ficaram mega envolvidas com o acontecimento e com a Oli. Elas conseguiram captar e capturar momentos lindos do batizado e da recepção, com uma competência digna de peixe grande do mercado. Quando recebi o preview das fotos eu fiquei maravilhada e emocionada... Ah, e tudo super ágil. O Preview com 20 fotos recebi 1 semana depois do evento e as fotos finais e tratadas 1 mês (corrido) após o evento. E a gente bem sabe que agilidade e comprometimento com prazos está em falta do mercado.

Bom, mas tô aqui falando um monte e vocês devem estar curiosos para ver as fotos. Então aqui vão algumas.




E para quem está procurando fotógrafos para fazer ensaio Newborn (tem até ensaio newborn puppies), Gestante, Smash the Cake, Cotiadiano ou fotos de eventos especiais, precisa mesmo conhecer o trabalho da Carol e da Nath. Elas são especialistas em ensaios que elas chamam de “LIFE”, ou seja, que fazem o registro da vida enquanto ela acontece. E fica tudo tão lindo, tão natural... Ai, ai.

Bom, mas e aí, como vocês entram em contato com elas? Segue abaixo:

Instagram: @stieblerbucciarelli

Facebook: Stiebler & Bucciarelli Photography

Site: www.sbphotography.com.br 



Espero que vocês gostem tanto quanto eu. 

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Resenha: Carrinho de Bebê

Eu já contei para vocês que aqui tivemos muita sorte pela Oli não ser o primeiro bebê da família. Isso significa que ela herdou muita coisa útil e que nos economizou trabalho e dinheiro. O carrinho foi uma dessas coisas. Ela ganhou da minha irmã o carrinho que foi do meu sobrinho, um Chicco triciclo (não sei o modelo, mas é de quase 7 anos atrás).

Lembro que na época ele era o máximo e já vinha com o bebê conforto. Super robusto. Tanto é que aguentou bem por 4 anos de uso do meu sobrinho e ainda foi passado adiante para o filho de minha prima. Porém ele tinha um ponto bem negativo: é um trambolho. Do tipo que aberto ocupa metade da sala e fechado, mais da metade do porta-malas.

Aí, ganhamos da minha avó um City Mini Single, da Baby Jogger. Ele é quase idêntico ao Britax B Agile. Tão parecido que sempre confundo quando vejo um. (Inclusive estes dias no parque um bebe se confundiu achando que o carrinho da Oli era dele e abriu o maior berreiro ao ver outro bebê lá. Sorte que a mãe estava por perto.)



Então hoje eu vou fazer uma resenha dos prós e contras do City Mini, dar uns palpites sobre o que tenho reparado em outros carrinhos e contar o que escolheria diferente.

Prós:

- Tecnologia Quick Fold. Ele tem uma alça no centro do assento que com uma única mão você fecha o carrinho e ele fica dobradinho, parecendo uma mala de mão. Pela praticidade dele, após conversar com o pediatra, passamos a usar este carrinho quando a Oli tinha apenas 2 meses. Super tranquilo. Basta prender bem o bebê. (mesmo sem bebê conforto)



- Resistência: Já passamos ele pelos mais variados testes. Ele vai super bem no chão do shopping, no asfalto do parque, na calçada acidentada, na grama e na estrada de terra do sítio. Recentemente, até na areia dura da praia ele andou. E continua em ótimo estado, sem ruídos. Basta bater uma água nas rodinhas e passar um pano no tecido.



- Capota: a capota dele é enorme. Quando fechada protege o bebê super bem, deixando só os pezinhos de fora. Além disso, há 2 visores de vinil que podem ser cobertos para escurecer o carrinho para uma boa soneca.

- Leveza: eu acho o carrinho bem leve para tudo o que ele oferece.

- Simplicidade: o carrinho não é cheio de coisas, o que significa que tem menos coisas para serem quebradas, o que aumenta a sua vida útil.

- Altura do chão: ele fica numa altura boa do chão, o que significa que em uma eventual queda do bebê, o estrago é menor. Outra coisa interessante, é que diferente de muitos carrinhos destes em que o bebê fica mais alto, no nosso a Oli fica super estável e firme, sem tremelicar.

- Design: eu gosto de design clean. E acho que o City Mini tem um design super ok. Além disso, mesmo com o bebê sentado na posição mais vertical de todas, ele continua super protegido nas laterais.

- Facilidade de limpar: com um pano úmido dá para limpar ele inteirinho.

Contras:

- Modelo triciclo: o fato de ser triciclo causa uma certa instabilidade no carrinho e também prejudica a sua dirigibilidade. Isso significa que em um piso mais irregular eu não consigo pilotá-lo com apenas uma mão. Para transpor degraus ou calçadas também é bem ruinzinho, porque a rodinha da frente não dá conta de manter o carrinho estável. Nosso próximo carrinho terá as tradicionais 4 rodinhas.

- Poucos acessórios inclusos: isso é um fator que me incomoda bastante. Quase tudo do City Mini tem que ser comprado a parte. Isso inclui bandeja, adaptador para bebê conforto e barra de proteção frontal. No próximo carrinho vou avaliar isso antes de comprar.

- Posição do bebê: Não há opção de colocar o bebê de frente para quem empurra o carrinho. No começo isso foi bem chatinho, porque a Oli ficava tensa porque não conseguia ver que eu ou o pai estávamos ali. Hoje ela já sabe que basta olha pra cima, através dos visores para nos encontrar. Porém, continua sendo chato não conseguir conversar com ela durante os passeios. No próximo carrinho, vou preferir um que permita a variação da posição de forma que ela possa ficar de frente ou de costas para nós.

- Ausência de freio de mão: Isso era uma coisa que tinha no carrinho que herdamos da minha irmã. E era bem interessante. Isso porque quando entramos em alguma descida, basta acionar o freio para reduzir a velocidade sem sobrecarregar braços, pernas e costas.

- Preço: Bom, este acho que é um ponto negativo de qualquer carrinho comprado no Brasil. Lá fora ele é baratinho. O modelo simples de 3 rodas custa em torno de 250 dólares e o mais invocado, o GT, custa 350. Há uma ainda mais simples e de 4 rodas por 180 dólares (preços da Amazon).

- Revestimento: é lona, padrão dos carrinhos. Porém, é muito desconfortável para dias quentes. A Oli fica toda suada e reclama em passeios mais longos, querendo sair do carrinho por causa disso. Acho que valeria ter um tecido mais respirável para garantir o conforto. Ah, também não sou muito fã do cinto (apesar da Oli amar, pois ela vive com as tiras na boca)... Acho o do Britax melhor.

A gente passeia bastante no parque e lá tenho visto muitos carrinhos. Desde os mais high-techs aos mais básicos. A conclusão a que chego é que o meio termo é a melhor escolha. Quanto mais high tech, mais delicado. E quanto mais básico, menos confortável. Então, na hora de escolher, sugiro avaliar bem todos estes pontos que enumerei para depois não se arrepender, uma vez que o carrinho é provavelmente o item que terá o maior e mais longo uso de todos.

Recapitulando: resistência, praticidade, dirigibilidade, segurança, conforto e versatilidade.

Espero que tenha ajudado. Até o próximo post.

E se vocês têm mais dicas sobre a escolha do carrinho, não deixem de compartilhar!

Imagens: Google

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Aqui dá certo: A hora do banho

Como mãe de primeira viagem, eu bato a cabeça inúmeras vezes (ao dia) para tentar encontrar a melhor forma de criar a Oli, sem traumatiza-la demais. E de tanto errar, às vezes eu acerto. Ainda mais quando entra o marido para dar um help, e me mostrar algo que eu talvez não esteja percebendo.

Com o banho da Oli, foi assim. Lá nos posts iniciais eu contei para vocês que ela detestava a hora do banho. Chorava até. Aí, descobrimos que o problema não era o banho em si, mas o fato dela sentir frio. Então hoje eu vou dividir algumas experiências nossas da hora do banho que tem dado super certo. E saibam que atualmente, ela chora é para sair do banho.

Ela gosta tanto de tomar banho, que é só ela perceber que está indo pro banheiro que começa a ficar toda contente, dando gritinhos e risadas. Eu me derreto!

Vamos lá:

Eu sempre dei apenas 1 banho por dia na Oli. Mesmo quando fez aquele calor insuportável. E motivos não me faltam: primeiro porque dá um trabalhinho preparar o banho, e envolve toda uma logística de mantê-la entretida enquanto eu faço isso. Segundo porque em tempos de água escassa, acho importante colaborar. E ela nunca ficou suja e/ou suada ao ponto de precisar de um segundo banho no dia. Aliás, o que faço após as mamadas e refeições (quando ela se lambreca um pouco), é umedecer um algodão em soro fisiológico e limpar o rosto e pescoço dela. E ela está sempre limpinha e cheirosa.

O banho eu dou lá pelas 7 da noite. (No começo eu dava as 20h30, porque esperava o marido chegar para me ajudar. A melhor coisa que fizemos foi antecipar o banho, pois ela passou a dormir mais cedo e melhor. E eu uso o suporte antiderrapante para bebês da banheira que me ajuda a mantê-la na posição adequada sem escorregar, tanto de frente, quanto de costas.)



Aí, antes de preparar o banho eu procuro verificar se a temperatura do ambiente está agradável. Se estiver um pouco mais frio, eu aqueço o ambiente com o aquecedor e fecho portas e janelas para o calor não fugir. Se estiver bem frio, mantenho o aquecedor ligado. Aqui vale lembrar que o bebe costuma sentir mais frio do que nós. Ou seja, não somos referência.

O Banho da Oli era dado no quartinho dela até mês passado. Isso porque lá é mais quentinho e tenho toda a estrutura pronta. Eu enchia a banheirinha dela com 2 baldes de água quentinha (temperatura conferida com o termômetro de banheira). Dica: Para economizar água, a gente ainda aproveita o balde de água após o banho para a descarga.

Aí, eu pingava algumas gotinhas de óleo essencial de lavanda (não essência sintética) para ajudar a acalmá-la e também deixava uma música relaxante de fundo. O óleo eu ainda mantenho, a música já não mais, porque no banheiro não tem som.

Agora que ela está mais malandra e o clima mais agradável, o banho passou para o banheiro, com a banheirinha no chão do chuveiro. Ah é, ela acha muito legal tentar se jogar da banheira... Então com a banheira no chão o susto e o estrago são menores. Ainda uso o suporte antiderrapante. Eu me abaixo ao lado dela, e o banho corre tranquilamente.

O banho segue aquela ordem básica: cabeça, corpo e pés. Então primeiro lavo e enxáguo bem a cabeça, rostinho e pescoço e depois seguimos para o resto do corpo. Para ajudar a distrair ela tem os potinhos dela com os quais brinca enquanto eu dou o banho. Eu inclusive aproveito os potinhos para o enxágue. Aí, eu deixo uma água morna e limpinha reservada para o enxágue final.

Desde pequenininha eu e o marido sempre conversamos muito tranquilamente com ela durante todo o processo do banho. Isso ajuda a acalma-la.

Quando o banho termina ela até sai da banheira numa boa. Seco muito bem todas as dobrinhas e a orelha. (ela adora que seque a orelha... faz até uma carinha fofa de "que gostoso"). Porém, é só ela perceber que vamos começar o processo de vestir o pijama que a briga começa. Ela chora mesmo. Acho que no fim, é o cansaço que a está vencendo.



Com o pijama vestido, é hora de mamar. E aí, ela já está bem molinha, pronta para mamar e dormir. (e acordar algumas vezes depois, até se deixar vencer pelo sono)


Aqui em casa o banho na banheirinha é um sucesso. Não vejo a hora dela perder o medo do chuveirinho (ela chorou horrores nas vezes que tentei apresenta-lo) para podermos mudar de fase!

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

A primeira viagem, a gente (mãe) nunca esquece

Semana passada nos aventuramos na primeira viagem com a Oli. Foi uma viagem de carro até Cunha, onde fica o sítio da vovó. São 250 km em estradas em boas condições. Ficamos 5 dias. E tendo ido e voltado já posso contar para vocês como foi, com alguns aprendizados.

Os preparativos começaram 2 dias antes, já separando roupas (inclusive o que precisaria ser lavado antes), roupa de cama e banho, brinquedos e itens de necessidade em geral. O bom de fazer as coisas com um pouco de antecedência, é que percebendo a falta de algo, ainda dá tempo de comprar ou preparar.

No nosso caso, corri para comprar um berço portátil com colchonete específico, roupinha de cama pro berço, mais 2 mamadeiras e chupetas. Também optei por já preparar e congelar o papá da Oli para os primeiros dias. Eu queria comprar a banheira dobrável da Stokke para facilitar a vida, ocupando menos espaço no carro, mas não encontrei nas lojas onde costumo ir. Em todas estavam em falta. Então levamos a grandona lá de casa mesmo.

O que levamos na viagem e que foi muito bem usado: berço portátil com colchonete e roupa de cama, 2 toalhas + toalha fralda, muitos paninhos, banheira, carrinho, cadeirinha, kit cozinha da Oli (tenho que ter tudo separado para ela por conta da alergia) coisas de uso pessoal, como mamadeiras, chupetas, nécessaire (banheiro e remédios), fraldas e brinquedos preferidos (levamos uns 10, porém ela tem uma preferência especial pelos potinhos coloridos, livrinho de pano, bola e mordedor. Podíamos ter levado apenas estes e estava ok).

O que nos fez perder o maior tempo para sair foi a instalação da cadeirinha da Oli no carro da vovó. (Ah, sim, eu e Oli fomos antes com a vovó e o marido foi no final de semana.) A cadeirinha tem isofix e tive muita dificuldade em fazer os prendedores chegarem até o ponto de fixação do carro. 

Parabéns para a vovó que conseguiu pensar mais claramente e instalou direitinho. (Eu até cheguei a ligar pro marido para pedir para ele vir pra casa trocar de carro e ele veio.) Então a dica aqui é verificar coisas assim pelo menos 1 dia antes.

Como a soneca mais longa da Oli costuma ser após o almoço dela, que é as 11h00, optamos por viajar depois de almoçar. Foi ótimo, pois a Oli dormiu mais da metade da viagem, acordando apenas quando paramos para usar o banheiro. Aí, aproveitei para trocar a fralda dela e preparar o mamá.


No carro tenha a mão uma cobertinha, para caso de o ar condicionado ficar muito frio, chupeta (se o bebe usar), paninho, mamadeiras (uma para o mamá e apenas com água para hidratar) e algum brinquedinho para distrair.

O que fiz e não recomendo: dar o mamá no carro em movimento. Principalmente se esta é a primeira vez de várias coisas, como foi a viagem. A gente acha que assim ganha tempo, mas a Oli estranhou e acabou ficando chatinha, e mamando pouco. E eu, que estava no banco de trás dando o mamá também acabei ficando levemente enjoada. Também pode ser que ela tenha ficado chatinha por conta da serra, com curvas e que gera pressão nos ouvidos.

No caminho ainda paramos na cidade para comprar um micro-ondas, porque no sítio da vovó não tinha e seria muito útil para esterilizar mamadeiras e aquecer as coisas rapidamente. E não é que facilitou a vida de todos?

Minha maior preocupação da viagem foi quanto à adaptação da Oli. Por isso, procurei seguir os horários dela à risca, mantendo intactos alguns rituais, como o do banho seguido de mamá antes de dormir à noite. E isso deu bem certo. Ela dormiu bonitinha. Inclusive, porque se tem uma coisa divina de dormir no sítio é o barulho harmônico. Sim, não é um silêncio absoluto. Há sons diversos, como de sapos, grilos, pássaros, vacas e nada incomoda. Parece uma deliciosa melodia para acalmar e relaxar.

E ter optado por ir para um lugar com o qual eu já estou muito familiarizada também ajudou. Isso porque sei onde estão as coisas que preciso, sei como funcionam as coisas, tenho liberdade com a vovó para pedir ajuda e porque pude apresentar tudo para a Oli com o maior carinho. Ela nem precisou dos brinquedos como achei que precisaria. Tinha tanta coisa para se entreter, para ver, para tocar... Chegava no final do dia exausta, porém feliz. Ficou até mais coradinha.



A volta já teve mais tropeços. Optamos por voltar na 2ª de manhã, para evitar transito na estrada. Para isso, precisaríamos sair cedo, pois o marido tinha que trabalhar a tarde. Por isso, o papá da Oli seria dado no caminho. Deixei tudo pré-pronto, contando com um micro-ondas no posto de conveniência da estrada.

Como resolvemos parar num posto novo (grande erro), o Olá, não sabíamos que não haveria micro-ondas. Ofereceram para esquentar a mamadeira e o pote do papa no banho-maria. Aceitei. Não só demorou bem mais, como também não ficou tão bom. Na hora de trocar a Oli, o fraldário ainda não estava 100%, não contando com trocador, nem torneira com água. Tivemos que pedir um copo com água, pois a Oli não usa lenço umedecido, por conta de alergia.

Dica: esteja muito mais preparada que eu. Tenha o papá já quentinho numa térmica, assim como a água do mamá e leve também um recipiente com água, se seu beber não usar lenço umedecido.

Ela não quis papar. Acho que em parte porque estava enjoada da descida da serra e outra parte porque não estava quentinho. Aceitou o mamá. No carro dormiu até chegar em SP. Aí, aquele transito super conveniente de SP esgotou a paciência da pequena, que já estava há quase 4 horas na estrada. Porém, foi o único momento de chatice. Chegando em casa ela papou tudo.

No saldo final, achamos que foi uma experiência super positiva e faremos novas viagens. Eba!

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Erros de uma mãe de primeira viagem: Parte II

Eu disse que não faltaria assunto nesse tema, não é mesmo? E hoje o foco é a alimentação. Não, não vamos mais falar de amamentar ou de oferecer mamadeira. A Oli já começou a fase das papinhas. Eeeeee!

Ou não.

Eu explico. Sabe aquela visão super romântica que temos sobre a primeira papinha, do bebê se lambuzando, abrindo a boquinha querendo mais? Aqui não rolou.

Por conta da alergia alimentar (ai, ai... sei lá quantas frases já comecei assim, mas faz parte), a Oli não começou no tradicional suquinho de laranja lima, e depois foi pras frutinhas. Não teve essa transição gentil. Não, não.

Aqui o esquema foi intenso. Começamos logo de cara com papa salgada. E para conter as reações, a introdução alimentar da Oli prevê o teste de cada alimento novo por um mínimo de 4 dias. Dando certo, entra outro ingrediente.

A Oli começou com papa de chuchu. Como ela está indo bem, nessa 3ª semana de introdução alimentar já estamos no chuchu, com arroz e frango, e possivelmente teremos mandioquinha logo mais.

Então vamos lá. Meu primeiro erro foi me iludir acreditando na cena romântica dela provando a primeira papinha. Tinha até minha mãe junto, para filmar e fotografar a experiência.

E aí vem o erro que provavelmente descambou tudo: eu resolvi preparar a papa na hora. E queria ser eu a fazer a primeira papa (Aliás, continuo sendo eu. Não delego mesmo). A gastro disse: “você vai colocar 1 chuchu descascado e picado para ferver em 250 ml de água e deixar lá até a água quase secar o chuchu ficar bem macio para amassar com o garfo.”

Gente, não sei bem o que houve, mas o chuchu não amolecia o suficiente. A água secava e o chuchu lá, firme. Ai eu colocava mais água e esperava... Bom, nisso passou da hora dela de mamar/papar e tive que encarar a fera. Então, a dica aqui é preparar a papa de véspera e só aquecer um pouco antes.

E enquanto eu preparava o papá, não me ocorreu de já montar o cadeirão, separar o babador e o paninho pra limpar a sujeira que seria feita com certeza. Mais tempo perdido.

Aí, com ela impaciente, fui eu tentar dar o papá. Ela estava com fome e para ela, fome se mata com mamadeira. E lá vinha a mãe maluca com uma colherinha com um negócio que ela nunca viu tentando colocar na boca dela.

Lá pela terceira tentativa ela abriu o berreiro. O que a mãe fez? Apelou pro mamá. Preparei o mamá, ela toda ansiosa achando que ia mamar e aí, qual foi a pegadinha? Tentei dar o mamá na colherinha para ver se ela entendia o que fazer.

Não façam isso, minha gente. Fazer pegadinhas com a comida dos pequenos é muito golpe baixo. Porém, a mãe ansiosa aqui nem se deu conta e errou de novo.

Mais choro.

Outra dica é: não aproveitem a boca aberta pelo choro para tentar dar o papá. Das duas uma: ou o bebê cospe tudo em você ou ele engasga. Nenhuma das alternativas é legal.

E eu não consigo ver ela chorando muito tempo. Então a primeira tentativa foi um grande #fail.

No 2º dia, munida dos aprendizados da primeira tentativa, foi melhor. Sentei ela para comer com 30 minutos de antecedência à hora do mamá. Ela chegou a comer meia porção. Mas ai, entendi outra coisa: o lugar onde o bebe vai estar enquanto come tem que ser confortável. E o cadeirão dela, não era.

Além do revestimento plástico ser quente pacas, e no calor que fazia naquela semana piorava tudo, o cinto do cadeirão tensionava muito no tórax dela.

No 3º dia já coloquei ela na cadeirinha que ela ama ver tv e ela papou o prato todo. Porém, já li que desde pequenos as crianças devem fazer as refeições à mesa. E continuei quebrando a cabeça, porém enquanto isso, ia na cadeirinha mesmo.

Aqui vale uma emenda: no 4º dia ela comeu tudo, porque o papai dela deu o papá, com a maior calma do mundo.

No 7º dia me deu o estalo: eu tinha comprado na Amazon um negócio chamado Tot Seat. Basicamente é um pano com ajustes para ser amarrado na cadeira (qualquer cadeira) que prende o bebê de forma segura para ele poder fazer as refeições. Instalei o treco no cadeirão e deu certo. Finalmente ela passou a comer tudo sem reclamar. Bom, não sei se foi só isso, ou se o fato de o papá ter passado a ter arroz ajudou também.

aqui ela está sem o tot seat. tinha improvisado com uma toalha antes de lembrar dele.

O Tot Seat é super prático, vem com uma bolsinha e dá para levar na bolsa. Aí, mesmo em restaurantes que oferecem cadeirões (que não parecem muito seguros) é só usar o tot seat e fica tudo certo.

esse é o tot seat!

Agora finalizando a aprovação desses 4 alimentos vamos pra próxima etapa. Mais 4. E as frutinhas ficam mais pro fim, quando tivermos uma boa gama de alimentos aprovados.

No fim, tudo parece estar dando certo. Vamos acompanhando...

Como foi a experiência de vocês com o primeiro papá?

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Coisas que aprendemos na marra

Quando a gente diz que quer engravidar, ou mesmo fica grávida todo mundo só tem coisas bacanas para nos dizer. Dizem que ser mãe é a melhor coisa do mundo (e é mesmo).
Aí, a gente pergunta das coisas difíceis sobre ser mãe e o máximo que nos dizem é: “Ah, você vai passar a dormir menos”, ou “Aproveite para sair bastante agora, porque depois é mais difícil”... Então, a gente pensa que com a gente vai ser diferente, e que mesmo que seja só isso, a gente dá conta.

E não é só isso, não.

O que ninguém conta pra gente é que:

1. Mesmo tendo ajuda em casa, o tempo parece não render para nada. Principalmente nos 3 primeiros meses. A gente planeja fazer um monte de coisa, mas não consegue. Um dia é porque o bebê está com o sono irregular, outro é porque ele quer ficar no colo, outro é porque está demorando mais que o normal para mamar e por aí vai. Eu ainda sou super controladora e gosto de fazer todas as coisas da Oli sozinha, aí o tempo rende ainda menos. Então, aproveite bem o tempo livre e valorize os momentos nos quais você não tem absolutamente nada para fazer.

2. Aquela história de “aproveite para dormir enquanto o bebê dorme” é balela. Não conheço uma mãe que tenha conseguido fazer isso à risca. Até porque, quando o bebê dorme é a hora que temos para checar e-mails, olhar as redes sociais – e postar mil fotos fofas do bebê, ir ao banheiro, tomar banho, comer, retornar ligações perdidas, arrumar as coisas e por aí vai. Ah, vigiar o sono do bebê também ocupa espaço nessa agenda apertada. Então, se alguém te disser isso, apenas sorria, balance a cabeça e siga em frente.

3. Quando o bebê nasce, a gente parece se tornar invisível – para os outros e não para o bebê, que sente nossa presença mesmo que na sala ao lado. Isso porque ele é adorável, e vira o centro das atenções. Principalmente dentro da família. Aí, quando você chega com o bebê na casa da família, todo mundo corre para dar atenção ao bebê, e esquecem de te dar oi, perguntar se você está bem. E as conversas passam a girar em torno dos assuntos: sono do bebê, alimentação do bebê e fezes do bebê. Sim, falar de coco, mesmo durante as refeições passa a ser normal. E no começo você nem vai se importar, mas passado um tempo, começa a cansar e você também quer ter conversas de adulto, falar de política, falar da novela ou falar de qualquer outra coisa... E vai se sentir mal por isso.

4. Tem dias que parecem o “dia da marmota”. Sim, você passa dia após dia achando que está vivendo exatamente a mesma coisa. E fica com a sensação de que nada do que fez é importante ou vale ser contado durante o jantar, afinal, todo dia é “igual”. Isso passa, lá pelo 4º mês.

5. Nos dois primeiros meses, a vaidade sai de férias. Você pode passar o dia de pijama e nem perceber. Também é possível que você esqueça de escovar os dentes ou escovar os cabelos e só vai perceber quando chegar uma visita de última hora.

6. Amamentar é muito gostoso, uma vez que se tenha pegado o jeito. Até lá, é difícil pacas. Sim, há mães que parecem ter sido feitas para isso – e se for o seu caso, não faça parecer tão fácil, pois magoa a outra mãe - , mas outras pobres mortais, como eu, apanham no começo. No início é desconfortável, a gente fica insegura se o bebê está mamando o suficiente, o leite vaza, o cheiro do leite gruda na gente, o bebê dorme no meio da mamada (quando deveria dormir no berço para você poder fazer suas coisas)... Porém, no fim compensa.

7. Desmamar é ainda mais difícil. No caso da Oli tivemos que desmamar de sopetão, por conta da alergia alimentar. Mesmo com uma dieta rigorosa, ela não estabilizava e eu estava exausta de vê-la desconfortável. Aí, passamos ela pra fórmula de um dia pro outro. Eu sofri não apenas emocionalmente, mas fisicamente. Aliás, dica: se por qualquer motivo precisar desmamar seu bebê, sem que ele o esteja fazendo naturalmente, faça o desmame gradativamente. Eu tive até que tomar anti-inflamatório, por mais de 1 semana. Mas passou, o leite secou e o peito também.

8. Tem vezes que a gente sente que está sozinha. Principalmente no comecinho, o sentimento de solidão acompanhado de alguma tristeza pode aparecer. Mesmo que você tenha ao seu lado a melhor companhia de todas, a do bebê. Conforme ele começar a interagir mais com você, estes momentos tendem a rarear.

9. Ainda que tenhamos o enorme privilégio de desfrutar exclusivamente do dia a dia do bebê, a gente pode ter momentos nos quais achamos tudo muito injusto. Sim, porque no fim é a mãe que abre mão de muita coisa para ser mãe, mesmo que tenha ajuda. Isso porque, tem muita coisa que só nós mães podemos/sabemos fazer, até por conta do intensivão dos 4 meses. O pai vai continuar indo a happy hours, viajando a trabalho, praticando esportes e a mãe acaba colocando tudo em 2º ou 10º plano pelo bebê.

10. O primeiro filho é como um vazamento “oculto” de dinheiro. O dinheiro não rende, tem sempre coisa que precisa ser comprada e mesmo com muito planejamento, imprevistos acontecem. E aí, quem acha que foi muito esperto e comprou tudo da lista de enxoval mais famosa que circula pela internet percebe que não fez tão bom negócio. Afinal, cada bebê é um bebê, com necessidades específicas. E aí, corre vc pra comprar um monte de coisa nova para se adequar à realidade do seu bebê e aquelas lindas e “indispensáveis” do enxoval ficam de escanteio. (ainda faço um post sobre isso...)

11. A gente faz o nosso melhor pelo bebê e sempre vai aparecer alguém para te dizer como fazer diferente e melhor. Também vão cruzar o seu caminho as super mães, com seus bebês perfeitos que dormem a noite toda – inclusive, que adormecem sozinhos no berço – e não choram para nos fazer sentir absolutamente inábeis. E isso incomoda além da conta.

12. Mesmo quem sempre teve a melhor das memórias, passa a sofrer com esquecimentos recorrentes. Aqui, uso o discurso do meu obstetra, quando me queixei que eu andava esquecida, durante a gravidez: Isso não é verdade. A gente apenas passa a ter coisas mais importantes para pensar e lembrar. Acho que a privação de sono também exerce influência. (Falando sério, eu não sei o que aconteceu com a minha memória. E quem me conhece de antes de engravidar sabe que ela era excepcional. Agora vivo esquecendo tudo)

13. Algumas pessoas vão te dizer algo como “Nossa, você parece exausta!” achando que isso é um elogio à mãe dedicada. Eles não pensam nem por um instante que você pode entender algo como “Nossa, como você está acabada!”. Então a gente tem que aprender a abstrair. Deste e de muitos outros comentários que vamos ouvir.


14. Alguns amigos somem depois que a gente tem filhos. Principalmente os amigos que não estão nesta fase, nem perto. Isso porque a gente acaba tendo mais dificuldade para sair como antigamente. Minha dica aqui é tentar substituir os jantares fora e baladas, por almoços fora e jantares em casa, com os amigos.

15. A gente vai pagar peitinho inúmeras vezes, sem querer (não estou falando de amamentar em público) ao pegar no colo, abaixar, falar ou brincar com o bebê, e ninguém vai ter coragem de te avisar. Então, a dica é: evite decotes, camisas de botão sem uma regata por baixo ou blusas com a gola mais solta.

Este post (ultra mega longo) pode parecer meio negativo, mas não é. Este é um post humano, escrito por uma mãe de primeira viagem muito realizada para dizer que ser mãe é bem difícil.

A gente tem pressa para que tudo passe logo e depois fica morrendo de saudades. Isso é verdade. Eu não tenho saudades dos 3 primeiros meses, pois foram super difíceis. Porém, tenho saudades dela bem pequenininha, dela aninhadinha no meu colo para dormir ou para mamar, entre outras coisas. E dizem que no fim a gente esquece das coisas difíceis e apenas sente saudades. E aí vem a vontade do outro filho. Aqui em casa isso ainda não aconteceu... (ufa!)

Então, basta se preparar para a jornada e aproveitar cada instante, bom e ruim, e tudo que essa vivência tem para nos ensinar sobre sermos humanos.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Antes e Depois do Bebê: o Quartinho

Gente, eu já falei aqui sobre a quantidade de tralha que a gente acumula com a chegada do bebê, mas tem gente que duvida, acha exagero. Aí, eu vejo aqueles quartos de revista lindos, organizados, sem nenhuma tralha e fico imaginando como eles são realmente - no dia a dia - ou como ficarão com a chegada do bebê.

Então hoje temos um post antes e depois para vocês verem.

Embaixo a foto de antes da Oli nascer, com o quarto todo arrumadinho.


Agora uma foto do quarto em pleno uso, com a Oli chegando aos 6 meses. Vale dizer que o quarto dela é onde ela passa a maior parte do tempo, seja dormindo, seja brincando, até porque a gente não gosta muito de tralha espalhada pela casa - já basta o carrinho e o cadeirão na sala. (a foto está meio distorcida, pois usei o recurso panoramica do iPhone)





Esse parece o jogo dos 7 erros, mas no caso são muuuitos "erros". Depois que ela nasceu, percebemos que precisaríamos fazer algumas adições.

- Aquecedor e tapete: porque o quarto dela é muito frio em dias frios. (e quente demais em dias quentes)

- Umidificador: porque com o tempo seco que vinha fazendo era fundamental ter

- Sonzinho: para embalar as noites com melodias suaves e acompanhar as atividades do dia.

- Garrafa térmica: porque não dá pra no meio da madrugada descer para pegar água morninha pro mamá dela. (quando ela mamava no peito era mais fácil)

- Cadeirinha 2 em 1: para dar um descanso pros braços e costas da mamãe e entreter a pequena.

- Pula-Pula: a partir dos 4 meses ela só queria saber de pular no nosso colo. Com 5 resolvemos montar esse pula-pula que era do meu sobrinho e ela ama.

- Tapete de atividades: para não ficar naquela chatice de sempre pedir para tirarem os sapatos ao entrar no quarto, é nesse tapete que ela deita, rola e baba à vontade.

- Móbile no berço: ela ama. Com musicas relaxantes, ligo antes dela dormir e logo que acorda para ganhar um tempinho, com tranquilidade.

- Caixa de brinquedos: porque eles vão se acumulando e é bom ter onde guardar.

- Suporte da banheira (que está guardada embaixo da cama): preferimos dar o banho no quarto, onde temos toda a estrutura de trocador, aquecedor e roupinhas. (depois faço um post só sobre isso)

- Saquinho de pano para chupetas: como ela tem mania de deixar as chupetas cairem no chão, esse saquinho que fica preso no móvel é excelente. Esterilizamos e guardamos la, onde fica sempre à mão.

- Na bandeja do Kit higiene além de cotonete, algodão e água, agora também tem bombinha para nariz, vitamina D, ferro, álcool 70 e soro fisiológico. E na bancada, além do trocador e porta-fraldas há um pote com acessórios como seringas e dosadores e duas pilhas de fraldas, uma pro trocador e outra para secar o bumbum da Oli nas trocas de fralda.

- Cesto de roupas sujas: simplesmente precisa e de preferência ao lado do trocador.

- Livrinhos de história: procuro ler no final do dia para acalma-la. Ela já "cansou" dos que temos e vou precisar repor o estoque.

- Mochila do bebê: acabei me adaptando mais à mochila que à bolsa. Deixo à mão para acessar e repor facilmente toda vez que precisamos sair.

- No quarto do casal está montado o quadrado, onde ela está começando a brincar agora que está ensaiando ficar mais tempo sentada sem ajuda.

Acho que não esqueci nada. 

Gente, é um serzinho pequenininho, mas além de demandar muita atenção, ocupa um super espaço. Sorte a nossa de a casa ser antiga e o quarto ser maior do que o normal...

E claro que dá pra ter um quarto com muito menos coisa e mais organizado. No entanto, esse é o jeito que eu e a Oli nos adaptamos melhor.

Agora tenho que dar uma geral aqui. Até o proximo post.