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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Pára Quieta!

Se você for uma grávida agitada como eu, já deve ter ouvido ao menos uma vez essa recomendação. Quase uma bronquinha, com uma pitada de amor e cuidado. E parar quieta, com 8 meses de gravidez não é tarefa fácil.

Ainda tem tanta coisa para ver e fazer. (Se vocês leram meu ultimo post, sabem que eu andei abusando do tempo, e que para ajudar surgiram imprevistos no caminho.)

Eu ainda não montei o quarto da Olivia.
Eu não fiz o curso de gestante - e acho que nem vou fazer (deixei muito pra ultima hora e não há vagas =/).
Eu não fechei as lembrancinhas de maternidade.
Eu não fechei a minha mala. A da Olivia sim.
Eu não comecei a estocar fraldas. (também ainda não pesquisei qual é a melhor marca/modelo)
Eu não defini quem será o pediatra da Olívia.
Eu não li todos os livros que queria ler sobre maternidade.
Eu não fiz a tal lista de quem será avisado assim que a Olívia nascer. (acho que vou confiar no instagram e no facebook)


E deve ainda ter mais algumas coisas que eu deveria fazer e não fiz.

Porém, me vi em uma situação que eu realmente não esperava: parar quieta por recomendação médica. Poxa, e isso é chato pra caramba, porque ainda quero fazer muita coisa. 

Quero continuar com minhas caminhadas no parque.
Quero poder fazer tudo aquilo da listinha de cima pessoalmente.
Quero fazer o que eu tiver vontade, porque logo mais a minha vontade deixa de valer.

No meu caso é uma coisinha simples. Parar quieta por 1 semana. Tem gente que passa a gravidez toda na cama. E vou dizer: admiro essas mulheres que abrem mão completamente da própria vida para poder gerar outra.

É, esse é meu momento mi mi mi. O 2º seguido. E olha que eu tinha prometido um post bem bacana e útil para essa semana. Aliás, não confiem em promessas de grávidas. A gente se deixa levar pela emoção a todo momento e aí, bye bye pro combinado.
(Acho que já vou começar a trabalhar no post para evitar um 3º  mi mi mi)

Mas aí que tá: essa história de parar quieta tem um lado bem bacana. A gente aprende a se virar como pode. E no ápice da vida digital, fica muito mais fácil.

E a gente tem que aprender a se policiar também, porque virar uma chata de galocha de mal do mundo é bem fácil nesse momento. E coitado de quem está por perto.

Então vou aproveitar esse momento de Parar Quieta para descansar, planejar e pesquisar. E também para aceitar todo o cuidado e carinho que venho recebendo.

Sabe-se lá quando o marido vai se oferecer para ir ao supermercado numa boa depois que tudo passar, ou quando as pessoas vão se levantar e oferecer ajuda ao meu menor gesto de levantar do sofá, ou quando vão me pedir com aquela ternura no olhar o tal "Pára Quieta!" 

É acho que vou parar. =)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

E quando junta tudo?

Essa semana entrei no 8º mês.

A Olivia está bem grandinha, já com mais de 2kg. E só agora comecei a ficar um pouco cansadinha. Acontece que de 2 semanas para cá muita coisa anda acontecendo. Algumas coisas que poderiam ter sido mais planejadas e outras um tanto fora do meu controle.

No dia 3 começou a trabalhar uma moça nova em casa, e ainda está um pocuo atrapalhada. No mesmo dia, o pintor conseguiu encaixar a pintura do quarto da Olivia na agenda dele, que durou até o dia 5. E aí, no dia 5 vieram instalar as telas de proteção para a Olivia e para a Zazá (nossa gatinha).

Confesso: esses 3 contecimentos poderiam ter sido planejados de outra forma. Eu quase fiquei doida com tanta gente entrando e saindo de casa, pedindo coisa, perguntando, etc. (Aprendizado, meninas. Nesta fase um pouco de planejamento não faz mal a ninguém).

Aí, na quinta, dia 6 a Zazá apareceu com a patinha quebrada. E não foi quebradinha. Foi mega-quebrada-em-4-lugares-com-necessidade-de-cirurgia-para-por-pinos. Isso um dia antes de fazermos a última viagem de mais de 1 hora antes da Olivia nascer.

Gente, quem ama bicho vai entender quando eu digo: a gente sofre junto. Sofre por não saber o que fazer para ele se sentir melhor, por não conseguir se comunicar racionalmente, por ver que ele sofre... E com quase 8 meses na barriga, é muita coisa acontecendo junto.

essa é a Zazá
A Zazá passou por uma cirurgia dia 10, colocou 3 pinos na pata e o pós operatório tem sido muito chato. Ela tem que tomar muito remédio, usar o capacete da vergonha para não lamber a ferida e pior, tem que ficar contida. O resultado é que eu estou contida também. Tudo para que ela fique boa logo. E mesmo assim, tomamos alguns sustos, como quando ela arrancou a tala da pata de madrugada, ou quando ela descobriu como se esticar o suficiente para lamber a ferida mesmo de capacete, na última sexta-feira. Agora ela já está melhor.

Minha sogra, que é mais uma 2ª mãe, veio de Cunha só para me ajudar com tudo, como dar remédios, trocar curativo e nos levar ao vet. (Ela também ama bicho =) )

A Zazá está ocupando o quarto que será da Olivia, pois é onde ela fica mais confortável e tem menos chance de se machucar. Com isso, nada de montar o quarto até o carnaval.

Também preferi cancelar um eventinho que faria com as amigas mais próximas. (Até as avós, bivó e tia da Olivia me animarem a manter os planos)

E eu que estava me achando toda forte, dona da situação, a grávida mais traqnuila que já se viu, desabei. Tudo virou motivo para chorar, tenho tido os pesadelos mais estranhos de como nada está pronto para a chegada da Olivia (sendo que está quase pronto)... 

Entendi que em uma circustância normal, na qual eu não tivesse todas as emoções à flor da pele, eu certamente resolveria tudo de maneira prática e descomplicada. Me conformei que este não é o caso. E se tenho vontade de chorar, eu choro. E não me cobro tanto.

Porém, se posso deixar uma dica para as futuras mamães é: se planejem mais. Façam as coisas aos poucos e curtam cada instante. Não deixem tudo para última hora. Porque a gente nunca sabe o que pode acontecer e passar nervoso nesse estado, não é legal. Nem pra gente, nem pro bebê, e muito menos para quem está em volta.

E sabe que eu ainda me considero uma pessoa de muita sorte. Estou sempre rodeada de gente querida e disposta a ajudar. E no fim, isso faz toda a diferença.

Desculpa o desabafo, gente.
E muito obrigada pelo carinho de quem tem nos acompanhado.

Prometo um próximo post bem útil, ok?

Até a proxima!