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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Engordando a Oli

O post de hoje é para contar para vocês porque ando tão sumida. A verdade é que ando mega envolvida em um projeto chamado "Engordando a Oli".

Quem leu o post anterior, sabe que tivemos uma desagradável surpresa na pesagem da Oli. A pequena estava ganhando pouco peso (apenas 14g/dia). E o complemento receitado pelo pediatra estava sendo totalmente rejeitado por ela. Com isso, chamei a responsabilidade pra mim e estou super dedicada em aumentar a produção de leite.

Há quem diga que sou teimosa, que deveria colocá-la da fórmula logo, até porque ainda não controlamos 100% a alergia - alguma coisa continua passando na dieta e não sabemos o que - mas não chega a ser uma questão de teimosia minha. A Oli odeia o Pregomim, não se adapta bem à mamadeira e ama o peito, mesmo sendo uma preguiçosa de marca maior para mamar. Seria uma judiação tirar dela (e de mim também) esse momento tão gostoso

Muitas mamães passam por isso e acho que vale dividir a nossa experiência. Para produzir bastante leite precisamos estar bem hidratadas e bem nutridas. Para isso, fiz o seguinte:

A gastro da Oli me prescreveu tomar 8 xícaras de chá da mamãe (Weleda) por dia. Com isso, vai 1 caixa a cada 2 dias. E nas refeições principais (café da manhã, almoço e jantar) o chá vem temperado com 20 gotas de tintura de algodoeiro (também comprada na Weleda). Aliás, para quem não sabe, alguns medicamentos de homeopatia necessitam de receita agora, e esse é um deles.

Além disso, em todas as mamadas eu bebo uma garrafinha de 600 ml de água. No café da manhã vai um copo de água de coco Do Bem e no almoço e no jantar, mais um copo de água. Com isso, estou ingerindo cerca de 4,5l de líquidos por dia.

Na parte da alimentação, não fico mais que 3 horas sem comer durante o dia

Tomo um café da manhã farto, com flocos de milho, leite de aveia, pão integral com frango desfiado, geléia e banana com aveia. Nos finais de semana tem até tapioca.

No lanche da manhã como um purê de frutas.

No almoço tem sempre arroz e feijão, verdura/legume, salada e alguma carne.

No primeiro lanche da tarde como uma torrada com geleia ou margarina.

No segundo lanche da tarde como uma canjica de milho doce (a de pacotinho).

No jantar tem sopa de legumes, salada, arroz, feijão e alguma carne.

Ah, e de sobremesa sempre tem algum doce de fruta: goiabada, bananada ou de abóbora (aliás, amo os doces da Ralston) ou eu mesma me aventuro a fazer alguma coisa, como canjica ou arroz doce, inspirada pelas festas juninas.

E aqui vale lembrar, que por conta da alergia da Oli, tudo que é consumido é limpo de leite de vaca, soja, ovo, nozes, peixes e frutos do mar.

Aí vamos para a parte 2: aumentar a demanda

Como eu teria que complementar a mamada com 60 ml de leite 3 x ao dia e a Dona Oli recusava leite que tinha saido da lata ou da geladeira (mesmo morninho), eu passei a bombear leite após a mamada e tentava dar na mamadeira. (O copinho foi um fiasco... ela babava mais do que mamava). Nem sempre ela aceitava o complemento. Esperneava até.

Aliás, meu marido fez uma analogia que me fez parar de querer entuchar leite nela: ele comparou o processo do complemento da mamada à alimentaçâo dos gansos para produzir foie gras. E no fim, parecia isso mesmo. Então se começava o chororô, eu parava.

O que aconteceu é que com isso meu corpo passou a produzir esse volume extra de leite e ele passou a sair om mais facilidade, poupando um pouco os esforços para mamar da Oli.

Na primeira semana eu conseguia extrair só 30 ou 40 ml após as mamadas. Na segunda semana já foi pra 80 ml. E aí, nesta semana a Oli parou de aceitar o complemento, porém passou a mamar muito melhor. E sem dar xiliques, como fazia antes.

1 semana depois o ganho de peso dela foi de 14g/dia para 24g/dia. e ainda queremos aumentar mais...

É preciso ter muita dedicação, paciência e controle., pois o processo da mamada passou a demorar mais... bem mais. Porém, acho que ela já está bem melhor. Bochechuda, sempre bem humorada, dormindo super bem e produzindo fraldas caprichadas. 



No dia 30 vamos voltar à gastro e aí saberemos se o esforço todo valeu em termos de ganho de peso, pois pra mim já valeu pelo aprendizado e pelas horas a mais de sono (dela e minha). Conto com a torcida de vocês!

E gente, estou só dividindo a minha experiência com a Oli. Não sou expert em amamentação (aliás, bem longe disso) e recomendo que qualquer problema nesse campo deve ser dividido com o pediatra. Ok?!

Até o próximo post.


segunda-feira, 9 de junho de 2014

A importância de uma rede de apoio

No post anterior eu mencionei que descobrimos recentemente que a Oli tem alergia alimentar. Como ela mama exclusivamente no peito, eu acabei entrando em uma dieta bem rígida, na qual não são permitidos leite e derivados, soja, ovo, peixe e frutos do mar e nenhum tipo de noz, castanha ou amendoim. Posso dizer que após fazer as devidas mudanças no cardápio tivemos a alegria de acompanhar a evolução dela de um bebê constantemente irritado para um bebê ativo e feliz.

E nesse processo passei a entender o valor de se ter uma rede de apoio. Eu, por sorte, conto com algumas. Além dos médicos da Oli e da nossa família que é super bacana e participativa, tenho vocês que nos acompanham no blog, um grupo de whatsapp só com mães recentes e participo de 2 grupos fechados no facebook só para mães de crianças alérgicas. 

E essa troca constante de informação, carinho e apoio tem me dado muita força e disposição. A cada dia eu aprendo coisas novas e tenho a oportunidade de oferecer mais conforto e tranquilidade para a Oli.

O episódio mais recente foi neste final de semana. Levamos a pequena para vacinar (e ela se comportou feito uma mocinha) e o pediatra quis pesá-la, pois ficara fora nas próximas 2 semanas. Decepção: a Oli ganhou uma média de 14g/dia nos últimos 10 dias, mesmo tendo crescido bastante (ao todo 6 cm desde que nasceu). Eu fiquei passada. Como aquele bebe contente, saudável, corado que faz xixi e coco aos montes pode não estar engordando? Mamando sabemos que está...

Com isso o pedi indicou a complementação da alimentação dela com leite artificial (no caso dela, por conta da alergia, foi o Pregomin). Além disso, pediu um exame de urina para tentar identificar alguma infecção urinária que pudesse comprometer o ganho de peso. Eu me senti péssima quando percebi que eu estava de alguma forma torcendo para que o resultado fosse positivo e que isso justificasse o pouco peso. Por sorte, o resultado foi negativo. Ela realmente está saudável. 

Então fomos para etapa 2: complementar. E posso dizer que as 3 tentativas foram um fiasco. Nas 3 vezes a Oli rejeitou o leite, chorou sentida, e depois dormiu. Na minha cabeça isso indicava que ela poderia estar satisfeita. Porém, há um outro aspecto. O Pregomin é terrível e tem um cheiro ruim também, tipo água de batata velha. E eu fiquei frustradíssima, afinal como ela vai ganhar peso assim?

Conversando com a minha rede de apoio, surgiu a indicação de tentar complementar com meu próprio leite, uma vez que tenho bastante. E hoje foi o que fiz. Apesar dela resistir à mamadeira, consegui oferecer mais 20 ml de leite materno após ela já ter mamado 20 min no peito. Mais tarde, consegui que ela mamasse 50 ml de complemento, após 15 min no peito. Ainda é pouco, mas vamos chegar lá. E por indicação das meninas do grupo, vou tentar com o copinho esta semana para evitar um desmame precoce.

Para garantir o volume de leite, dobrei a ingestão de líquidos, incluindo muito chá da mamãe e tintura de algodoeiro e estou caprichando na alimentação permitida, com bastante carboidrato. Parece estar dando certo. Aliás, ontem preparei uma vitamina de melão, maçã, água de coco, leite de arroz e aveia que ficou o máximo! 

Foram mais de 20 mensagens trocadas com mães que já passaram pelo que estamos passando. Cada uma com uma experiência diferente e todas com bons resultados. Me enchi de esperança!

Mimimis à parte, o que quero dizer com este post é que seja da forma que for, sempre procure ter uma rede de apoio com a qual você possa contar. Faz toda a diferença no nosso dia a dia caótico de mãe recente.

Até o próximo post.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Aprendizados do primeiro mês

Estamos chegando ao segundo mês da Oli e posso dizer que estes quase 60 dias foram intensos, em termos de emoções, experiências e aprendizados. Tivemos dias bons, dias ok e dias péssimos. E olhando para trás vejo o quanto aprendi com ela em tão pouco tempo.

Aprendi que ela detesta qualquer roupa que tenha que ser passada pela sua cabeça. E com isso, enquanto deu e eu não sentia segura para vesti-la da maneira tradicional, eu vestia seus bodies de baixo para cima. Agora eu já tenho a manha e ela chora menos. Ufa. E também descobri que os melhores bodies são os transpassados e me arrependo horrores de não tê-los comprado em maior quantidade na Carter’s, porque aqui é difícil pacas de achar.

Aprendi que o chororô do banho era frio. Não porque a água não estava quentinha, mas porque o ambiente não estava quente o suficiente. Agora, toda vez eu uso o aquecedor e simulo o Saara para que ela tenha um banho mais relaxante.

Aprendi a distinguir os choros. Gente, eu achava que isso seria bem difícil. Porém, nada que um convívio intenso não desperte em nós uma sensibilidade que nem sabíamos ter. E saber diferenciar cada choro é uma mão na roda, pois ajuda muito a conter crises e a tomar providencias corretas.

Aprendi/descobri que ela é alérgica, e por isso vivia irritada e desconfortável. Bastou começar a mexer na minha alimentação que ela foi se transformando dia a dia. Também aprendi que qualquer deslize na minha dieta afeta-a duramente e também a mim e ao marido.

Aprendi a fazê-la rir. E essa deve ser a minha coisa preferida de todas. Ver aquele sorriso sem dentes que vem acompanhado de olhinhos apertadinhos e barulhinhos deliciosos é demais. Ilumina meu dia.

Aprendi que oferecer a chupeta na hora certa ajuda a acalmá-la. E depois, ela mesma se encarrega de cuspi-la.

Aprendi a viver no caos e me sentir confortável mesmo quando tudo foge dos planos.

Aprendi que nem tudo que lemos nos livros se aplica a ela. Aliás, pouca coisa se aplica a ela. E com isso aprendi a me virar e a escutar o meu instinto.

Aprendi que por mais exausta e rabugenta que eu esteja, para ela sempre tenho amor, paciência e carinho para oferecer.

Aprendi que tenho o marido mais parceiro que alguém poderia ter. Ele assumiu, sem eu pedir, todas as responsabilidades da casa para que eu me concentrasse na Oli. Isso inclui cozinhar aos finais de semana e garantir que eu durma quando ela estiver dormindo. Além disso, participa ativamente de todos os momentos bons e ruins que temos por aqui. (Aliás, o banho dado por ele é o que a Oli mais gosta.) Isso tudo sem nunca me faltar com um gesto de carinho.

Aprendi que tenho na minha família estrutura e apoio muito melhores do que qualquer babá poderia me oferecer.

Aprendi que não sei delegar. Pelo menos o que diz respeito a ela, não sei. E precisarei aprender.

Aprendi que ela veio ao mundo justamente para me ensinar. E eu espero conseguir retribuir.

Infelizmente, ainda não aprendi a faze-la dormir direto no berço – vez ou outra dá certo – nem a faze-la dormir a noite toda, mas já tivemos excelentes progressos.

Agora é focar nos próximos meses e absorver todo o aprendizado que está por vir.