Estamos chegando ao segundo mês da Oli e posso dizer que
estes quase 60 dias foram intensos, em termos de emoções, experiências e
aprendizados. Tivemos dias bons, dias ok e dias péssimos. E olhando para trás
vejo o quanto aprendi com ela em tão pouco tempo.
Aprendi que ela detesta qualquer roupa que tenha que ser
passada pela sua cabeça. E com isso, enquanto deu e eu não sentia segura para
vesti-la da maneira tradicional, eu vestia seus bodies de baixo para cima.
Agora eu já tenho a manha e ela chora menos. Ufa. E também descobri que os
melhores bodies são os transpassados e me arrependo horrores de não tê-los
comprado em maior quantidade na Carter’s, porque aqui é difícil pacas de achar.
Aprendi que o chororô do banho era frio. Não porque a água
não estava quentinha, mas porque o ambiente não estava quente o suficiente.
Agora, toda vez eu uso o aquecedor e simulo o Saara para que ela tenha um banho
mais relaxante.
Aprendi a distinguir os choros. Gente, eu achava que isso
seria bem difícil. Porém, nada que um convívio intenso não desperte em nós uma
sensibilidade que nem sabíamos ter. E saber diferenciar cada choro é uma mão na
roda, pois ajuda muito a conter crises e a tomar providencias corretas.
Aprendi/descobri que ela é alérgica, e por isso vivia
irritada e desconfortável. Bastou começar a mexer na minha alimentação que ela
foi se transformando dia a dia. Também aprendi que qualquer deslize na minha
dieta afeta-a duramente e também a mim e ao marido.
Aprendi a fazê-la rir. E essa deve ser a minha coisa
preferida de todas. Ver aquele sorriso sem dentes que vem acompanhado de
olhinhos apertadinhos e barulhinhos deliciosos é demais. Ilumina meu dia.
Aprendi que oferecer a chupeta na hora certa ajuda a acalmá-la. E depois, ela mesma se encarrega de cuspi-la.
Aprendi que oferecer a chupeta na hora certa ajuda a acalmá-la. E depois, ela mesma se encarrega de cuspi-la.
Aprendi a viver no caos e me sentir confortável mesmo quando
tudo foge dos planos.
Aprendi que nem tudo que lemos nos livros se aplica a ela.
Aliás, pouca coisa se aplica a ela. E com isso aprendi a me virar e a escutar o
meu instinto.
Aprendi que por mais exausta e rabugenta que eu esteja, para
ela sempre tenho amor, paciência e carinho para oferecer.
Aprendi que tenho o marido mais parceiro que alguém poderia
ter. Ele assumiu, sem eu pedir, todas as responsabilidades da casa para que eu
me concentrasse na Oli. Isso inclui cozinhar aos finais de semana e garantir
que eu durma quando ela estiver dormindo. Além disso, participa ativamente de
todos os momentos bons e ruins que temos por aqui. (Aliás, o banho dado por ele
é o que a Oli mais gosta.) Isso tudo sem nunca me faltar com um gesto de
carinho.
Aprendi que tenho na minha família estrutura e apoio muito
melhores do que qualquer babá poderia me oferecer.
Aprendi que não sei delegar. Pelo menos o que diz respeito a
ela, não sei. E precisarei aprender.
Aprendi que ela veio ao mundo justamente para me ensinar. E
eu espero conseguir retribuir.
Infelizmente, ainda não aprendi a faze-la dormir direto no
berço – vez ou outra dá certo – nem a faze-la dormir a noite toda, mas já
tivemos excelentes progressos.
Agora é focar nos próximos meses e absorver todo o aprendizado que está por vir.
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