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terça-feira, 3 de novembro de 2015

Não tenho maturidade

Eu assumo. Não tenho maturidade para lidar com algumas crianças. Lido muito bem com a Oli – ou ao menos acho que lido. Também convivo numa boa com crianças divertidas, sapecas, educadas e tranquilas. Gosto de ver as crianças brincando e se divertindo. Interajo com elas. Porém, não sei lidar com crianças encrenqueiras.

Sim, porque tem criança que tem um quê de maldade embutido nelas. E tendo convivido muito em ambientes infantis, posso detectar uma que vai dar problema só de olhar. São aqueles que empurram sem mais nem menos, que arrancam os brinquedos dos menores só porque percebem que estão se divertindo, que batem em quem acabaram de conhecer, que atrapalham a brincadeira dos outros sem o menor motivo, que ficam espreitando um outro que está distraído só para fazer alguma brincadeira maldosa.

Eu não sou psicóloga, terapeuta ou nada parecido, e nem quero aqui tentar entender ou explicar o que faz estas crianças serem assim. Estou apenas reconhecendo que com esses eu não sei lidar. E me sinto muito mal com isso. Afinal, sou mãe, sou adulta, tenho vivencia e deveria saber tirar de letra uma situação dessas. No entanto, quando um desses terríveis chega em um lugar que estou com a Oli, eu dou uma de mãe-helicóptero e fico por perto só para ver no que vai dar.

Para mim, é angustiante ver que do nada vem uma criança e bate na minha filha. Que a empurra do tico-tico. Que joga uma pá de areia na cabeça dela. Que grita com ela só porque ela passou perto da brincadeira. Eu sei que, como mãe, devo aprender a me afastar, e deixa-la viver e se defender, afinal, a estou criando para um mundo nada gentil – infelizmente. E na maioria das vezes ela se defende. Ela não recua, como boa ariana que é.


Tem vezes que ela entende a agressão e fica triste. Na minha cabeça ela entende que de alguma forma foi agredida, porém não entende a razão. Afinal, ela não é agressiva. E ainda é muito pequena para entender o que tento explicar. Coisas como: o “amiguinho” não quer brincar com você agora, ou o “amiguinho” quer brincar com esse brinquedo e não consegue esperar a vez dele, ou o “amiguinho” parece estar nervoso, então fique longe dele.

Ainda assim, eu explico. E com o tempo ela vai entender e respeitar ainda mais o espaço do outro, ainda que o seu próprio espaço não seja respeitado. E não que a Oli seja santa. Ela é criança e também está sujeita a maus dias. Porém, nunca a vi agredir alguém gratuitamente.

E tem as vezes que o agressor é uma criança maior. Que tem mais força, mais destreza. E muitas vezes não tem ninguém responsável por ele acompanhando as atitudes e com a qual eu possa dividir o meu desconforto. Às vezes a pessoa até está lá, mas não está acompanhando, entendem? E nessas situações, eu simplesmente pego a Oli e a levo para outro lugar. Afinal, os incomodados que se retirem.

E eu acho isso tão injusto, porque até ela ser agredida, a diversão existia e o incômodo não.
Ainda está longe de mim perder a razão e interferir diretamente na “brincadeira” das crianças. Aí acho que o meu nível de maturidade realmente seria nulo. Porém, esse tem sido um exercício diário que tenho feito. Aprender a lidar. Amadurecer. E me sinto ainda muito despreparada para enfrentar essas situações.

Não dá para protege-la do mundo. Não quero ensiná-la a bater de volta. E ainda não sei como lidar. Porque quando é o filho da gente que tá errado, a gente deve tomar as rédeas, ensinar a conviver em sociedade e tal. E quando não é, como faz?

Essa coisa de ser mãe/pai é muito difícil. E muito mais difícil fica quando as mães/pais das outras crianças não estão atentando para os seus próprios filhos.


#prontofalei!

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Por que a gente grita?

Geralmente, o grito vem como o anúncio de que algo não vai bem. A gente se descontrola e ele escapa. É muito raro encontrar alguém que nunca tenha gritado.

Pois bem, eu grito. E ultimamente eu vinha gritando bastante. Principalmente quando chegava o fim do dia... E em dias difíceis o descontrole vinha bem antes. O pior? Eu estava gritando com a minha filha, um bebê de 1 ano e meio.

E sem perceber.

E numa dessas situações, tive minha atenção chamada. O marido tinha chegado mais cedo em casa, num daqueles dias difíceis, no qual tudo estava dando errado, e em menos de 1 hora me ouviu gritar 3 vezes com a Oli. Na hora do jantar, na hora do banho e na hora que fui colocar seu pijama.

E nesse mesmo dia, eu lembro de ter gritado com ela, quando ela estava subindo a escada sem minha autorização, sozinha e se sentindo toda independente, enquanto eu tentava falar ao telefone. E o grito foi um NÃO tão sonoro que eu lembro de ver o seu corpinho tremer antes dela se dissolver em um choro inconsolável. Ela se assustou e me dói só de lembrar.

Não vou nem me defender e dizer que naquele dia ela estava terrível, porque isso não é defesa. Sim, ela estava terrível. Sim, como todos os dias ela vinha testando todos os limites – meus e dela. E sim, ela tinha gritado horrores naquele dia a cada represália que sofria.

A questão é: quanto desse comportamento agressivo e desafiador dela não tinha relação direta à forma com a qual eu estava lidando com ela? Se em tudo ela me imita, porque será que ela vinha se mostrando cada vez mais indócil?

Quando o marido chamou minha atenção – não na frente dela – minha primeira reação foi me defender e acusar. Disse que ele também gritava. Que ele também perdia a paciência. E que aquele dia tinha sido muito difícil. E que não, eu não gritava, apenas falava firme com ela. E naquela noite, eu não dormi direito. Repassei inúmeras cenas de puro descontrole meu. E resolvi prestar mais atenção.

Parei de gritar. Toda vez que sinto o grito subindo a garganta, respiro fundo e falo com ela de forma firme, porém sem me exaltar. Não é fácil e preciso estar sempre atenta. Sendo eu uma pessoa de personalidade forte, e às vezes um tanto agressiva, confesso que isso é uma luta diária para mim.

Isso faz 10 dias. O resultado é uma criança muito mais doce, comportada e amorosa. Ela ainda grita, porém em situações de puro estresse, como quando o sono atinge o pico, quando algo que ela gostaria muito de fazer não é permitido, ou quando estamos no transito parado, sem saída.

Nessas situações, eu passei a assumir a seguinte postura: Me abaixo à altura dela, olho em seus olhos e digo calma, porém firmemente que não gostamos de gritos. Digo que eu não grito com ela, e que da mesma forma ela não pode gritar comigo. E que sinto muito que ela esteja se sentindo mal, e que logo mais passa.

A gente acha que eles não entendem, né? Porém, digo que essa coisa funciona. Ela pode até continuar emburrada, mas o grito cessa.

E no fim das contas, os dias tem sido muito menos estressantes, pois as coisas se resolvem de maneira mais tranquila.

Deixar de gritar não me tornou uma pessoa mais permissiva. Eu continuo com uma postura bem firme e estabelecendo limites para a Oli, afinal, ela precisa de mim para isso. Porém, ao não gritar, sinto que ela passou a me ouvir muito mais. E assim, consigo guia-la muito melhor.


A gente fica tão preocupada com perigos que os pequenos correm, se estão comendo e dormindo direito, se estão saudáveis e às vezes esquece que dar bons exemplos também ajuda a mantê-los sãos e salvos. Afinal, muito daquilo que eles serão no futuro vem dos exemplos que a gente dá em casa. E cada experiência conta na formação deles. 

E posso dizer que essa foi provavelmente a coisa mais valiosa que aprendi, na marra, este ano. E lembrando que ainda tem muito mais por vir...

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Sobre ser franca quanto a vida materna

Desde sempre, não apenas desde que me tornei mãe, fui franca quanto ao que penso e sinto a respeito das coisas. Se me perguntam o que acho, não vou mentir para agradar. Acho que já contei para vocês que o Palpiteca surgiu como um blog de crônicas sobre as coisas que não me perguntam, mas sobre as quais tenho opinião. Aí, com a maternidade, ele assumiu um papel de diário, no qual compartilho experiências e sentimentos desse intenso universo materno.

Vezes os posts serão alegres e divertidos, vezes serão informativos e outras serão sim mais duros e talvez tristes. Afinal, ele é um retrato da minha vida enquanto mãe. E então, há algumas semanas me disseram que os posts do blog vinham assumindo um ar muito melancólico. Imagino que seja reflexo do último post. E veio a pergunta se eu estava triste, deprimida ou insatisfeita com a minha vida atual.

De forma alguma! Pessoal, que fique muito claro: eu amo ser mãe. Acho que se tem algo que faço bem é ser mãe, com todos os meus muitos defeitos.

Eu adoro acordar de manhã e correr para pegar a Oli na caminha, e encontra-la com aquele sorriso manhoso e satisfeito por me ver, com olhos ainda apertados tentando se acostumar com a claridade do dia.

Eu me divirto em ter que narrar tudo o que faço para ela e saber que dessa forma ela aprende novas palavras e entende como as coisas funcionam.

Eu acho sensacional entender que o paladar dela se desenvolve mais a cada dia e que ela está aprendendo a sinalizar do que gosta ou não, mesmo que isso signifique recusar um prato inteiro de comida.


Eu me encanto com cada palavra nova que ela aprende e mesmo que a repita mil vezes seguidas eu me encho de alegria e orgulho por essa conquista.

Eu vibro com cada peça de roupa que ela perde por estar crescendo, mesmo sabendo que isso significa que logo ela não será mais o meu bebê.

Eu me delicio em ver o quanto ela está se tornando uma menina carinhosa, que faz carinho, dá beijo e abraça sem que alguém precise pedir, e que demanda que nós sejamos assim também.


Eu faço questão de sentar no chão para brincar com ela e acho muito gostoso observar como ela interage com os brinquedos ou mesmo com o ambiente.

Eu me derreto quando no final de um dia agitado ela adormece no meu colo, deixando a chupeta pendurada no lábio inferior e ainda solta um leve ronco que sinaliza que o dia dela acabou.


E mesmo valorizando cada vivência que temos juntas, isso não significa que eu não tenho maus momentos ao lado da Oli e que estes momentos não me afetam. E é aqui que às vezes eu escolho para falar sobre eles. Apenas não me levem à mal. Em um dia ruim pode não parecer, mas eu realmente amo ser mãe.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

O que eu faria diferente

Quando nos tornamos mães, são poucas as chances que temos de parar e pensar antes de agir. Se você for uma pessoa impulsiva como eu, então, pior ainda. E aí, muitas vezes depois de agir é que vem o estalo de que daria para fazer algo diferente. Alguns chamam de arrependimento, outros de esclarecimento.

Olhando para trás, revendo posts antigos e lembrando deste quase 1 ano e meio que passou desde o nascimento da Oli, me dei conta que se pudesse, faria algumas coisas diferentes. E essa listinha parte de uma processo de avaliação interno meu. E acho super válido dividir com vocês.

Aqui vai:

- Eu ousaria mais. Sim, porque a chegada da Oli, que nunca foi um bebê fácil, me fez retrair. Eu diminuí o ritmo e nos fechei numa rotina que era confortável para mim.

- Eu sairia mais. Por conta da alergia alimentar da Oli eu evitava sair com ela com medo que ela pudesse ter reações. E isso tornou a maternidade em algo um pouco pesado e muito solitário para mim no primeiro ano.


- Eu dividiria mais. Nos primeiros meses da Oli eu a puxei muito para mim. Evitava pedir ajuda, não delegava nada que fosse dela, não gostava de outras pessoas a pegando no colo (com isso eu aprendi a fazer muuuuuitas coisas com uma mão só) entre outras coisas. No final das contas eu ficava super cansada, sendo que tinha um monte de gente mega disposta a aliviar meu lado. OU seja, não precisava ser assim.

- Eu confiaria mais nos meus instintos. Minha sogra uma vez disse algo como “a ignorância pode ser uma benção”. E ela tem razão. Hoje em dia com tanto acesso a informação, a gente acaba anulando a nossa intuição para confiar no que está nos livros ou sites por aí.

- Eu me divertiria mais. Hoje eu realmente me divirto com a Oli. Sim, tem dias que são o caos. Porém, no geral é como ter ao lado uma amiguinha que está louca para aprender e se divertir 100% do tempo. E no começo, eu vivia preocupada e fazer as coisas acontecerem e registrar estes momentos em vez de simplesmente vive-los.


- Eu me desconectaria mais. Rá, mãe blogueira dizer que se desconectaria mais é piada. Porém, é verdade. A maior parte do tempo estou com o celular na mão para acompanhar o que acontece nas minhas plataformas, ou para conseguir captar o momento perfeito e esqueço que tem alguém do meu lado que tudo que quer é vivenciar este momento comigo.

- Eu cuidaria mais de mim. As vezes a gente acha que se entregar totalmente à maternidade é abrir mão de coisas que a gente gosta de fazer. Pois não é. A gente até cede aqui e ali, mas se anular, não faz parte do pacote. E eu me descuidei mesmo. E agora estou correndo atrás do prejuízo.


- Eu tentaria me controlar mais. Comecei dizendo que ousaria mais e estou aqui dizendo que me controlaria mais. A questão é que como eu vivia cansada e como os nervos à flor da pele, não foram poucas as vezes que fui indelicada com pessoas queridas. E são coisas que não tem como voltar atrás mesmo.

Em termos práticos, e mais materiais, também queria fazer um monte de coisa diferente, mas isso é assunto para outro post.


E vocês, o que fariam de diferente?

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Do Berço para a Cama

Quem nos acompanha no insta e no facebook deve ter visto que semana passada fomos comprar uma caminha para a Oli. Muita gente me questionou se não era muito cedo para isso. Aí, completando 1 semana da transição, preparei este post para contar a nossa experiência e quem sabe ajudar quem está entrando nesta fase também. Já aviso que procurei dar bastante detalhe, então o post está longo =)

A Oli tem 1 ano e 4 meses, é super ativa e espertinha (ok, toda mãe deve falar isso). E aí, eu explico: lá pelo dia 12, após acordar da soneca da tarde a pitica conseguiu descer a grade do berço. (O berço dela tinha grade do tipo grade guilhotina, que sobe e desce para “facilitar a vida dos pais”). E quando entrei no quarto para pegá-la, na animação ela tentou sair sozinha e foi de cabeça no chão.

Não gosto nem de lembrar, porque eu vi a cena acontecendo em câmera lenta, tentei pegá-la e não consegui. O som da cabeça batendo no chão continua ecoando em mim. Espero que nenhum de vocês passe por isso. Em seguida veio o choro, o galo e a ligação para o pediatra. Por sorte, nada mais sério aconteceu. Porém a orientação que veio foi: talvez esteja na hora de tirá-la do berço.

E aqui em casa não existe talvez. É ou não é. E cedo ou não, resolvemos passa-la para a cama.

Aqui abre parênteses para o meu palpite n.1: Não apressem a passagem da cama para o berço. Se o bebê está tranquilo no bercinho, dorme bem e não tenta sair, mantenha como está. Cada bebê tem o seu tempo. E no caso da Oli, levamos em consideração a personalidade dela. Ela é metida a independente (quando convém). Sempre gosta de tentar tudo sozinha até esgotar as possibilidades. E aí ela vem pedir a mão. Ou seja, mesmo caindo do berço, ela provavelmente tentaria sair de novo e poderia se machucar.

O berço dela vira uma mini-cama padrão americano. Então desmontamos a estrutura de berço (grades, reforço de peseira, cabeceira e rodinhas) e fizemos o teste do subir e descer sozinha. Aí veio o problema. O que era ótimo para o berço, ter um grande gaveteiro embaixo, para a mini-cama da independente Oli não funcionou. Isso porque a mini-cama ficava muito alta, e a Oli caia pra trás quando tentava subir. Ou seja, não resolve o problema.


Solução intermediária: colchão sobre o estrado do berço no chão, com grade provisória, daquelas que se usa em cama de criança. Ainda assim, a gente não achou que este improviso estava muito legal, nem visualmente, nem ergonomicamente (para os pais).


Ai, dei uma pesquisada em mini-camas, com a intenção de aproveitar o colchão. Infelizmente, não encontramos nada deste tamanho e o próximo passo foi encarar uma mini-cama padrão. Pesquisei em lojas especializadas, marcenarias, Etna e Tok&Stok.

O preço de uma mini cama de lojas especializadas ou de marcenaria foi de cair para trás. E pensando que a mini-cama seria uma solução a médio prazo, uma vez que com 7 ou 8 anos a criança passa para uma cama maior, não achamos que valia o investimento.

A gente adorou o modelo Pin da Tok&Stok, em madeira, por ser mais atemporal. Fiz o teste na loja com a Oli para ver se ela conseguia subir e descer sozinha e foi tranquilo.


Comprei a cama, trouxe para casa e montei. SOZINHA (afinal o papai tem que dar conta do expediente no escritório para podermos comprar a cama, né)! Muito orgulho de mim =)


Pausa para o palpite n2: Dá para comprar a cama pela internet por preço mais em conta? Dá! Porém, por ser a primeira caminha eu achei que valia conferir o produto pessoalmente (qualidade, acabamento, dimensões) e testar com a Oli. Pagamos mais por isso, porém acho que vale a pena.

Ah, no caminho ainda lembrei que as roupas de cama que temos da Oli não serviriam para esta nova fase então ainda desviei o caminho para comprar o básico (que no caso da Oli é apenas lençol de baixo, com elástico).

Bom, aí começou o teste.

Depois de montada a cama (no meu quarto, enquanto ela tirava a soneca da tarde) e transferida para o quarto dela, foi o momento de apresentar a novidade. Enchi a cama com as coisas dela: protetores de berço feitos pela vovó (que agora não tem mais problema usar), naninhas, travesseiro, bichinhos fofos que ela adora e fiz a maior festa quando entramos no quarto.


A princípio ela achou aquilo meio estranho, mas aí eu entrei na cama, mostrei o que tinha lá, e logo ela se animou. Aí, entrava e saia de lá levando e trazendo mais coisas. Expliquei que lá era onde ela iria nanar com os bichinhos dela, e ela até simulou um “nãana” lá.

Na hora de dormir, mantive a rotina normal dela e foi tranquilo. Ela não estranhou. Por via das dúvidas, nas 3 primeiras noites eu dormi no quarto dela na cama auxiliar. E foi sossegado. Ela até dava umas leves despertadas no meio da noite, porém logo virava e voltava a dormir. Sem me dar muito trabalho.

De manhã ela acorda e fica fazendo preguiça ou brincando na cama. Só sai quando a gente entra no quarto.


Para garantir a nossa tranquilidade, temos um portão de segurança na porta dela, afinal, logo na saída da porta tem uma escada, e cobrimos todas as tomadas. E a babá eletrônica continua em plena função.

A impressão que tive é que na caminha ela entende que pode entrar e sair quando quiser, o que lhe dá mais independência. Outra coisa é que a caminha é maior que o berço, o que lhe dá mais liberdade de movimento e conforto.

O único episódio que tivemos foi na noite de domingo, quando ela acordou do que parece ter sido um pesadelo. E não me deixou ir embora do quarto. Aqui entra o último palpite: Agradeci por ter mantido o colchão do berço dela ao lado da cama, para a fase de transição. Pois foi ali que fiquei sentada e depois deitada de mão dada com ela – ainda na cama – até acalmar e adormecer novamente. Acho super valido fazer isso e manterei o colchão de apoio lá até sentir que não é mais necessário.

Foi uma transição tranquila e tenho achado muito positivo para ela (ainda bem, né?). Ao mesmo tempo, estou assustada com o quão rápido o tempo está passando...


E por aí, como foi esta transição? 

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Convivendo com Babás

Antes que vocês perguntem, não, nós não contratamos uma babá para a Olívia. E este texto vem de uma vivência intensa com as babás dos outros, uma vez que sou mãe em período integral e nos locais que levo a Oli há sempre muitas babás.

Este texto propõe uma reflexão sobre o serviço de babá (e não digo que nunca teremos uma, pois não sabemos o dia de amanhã) e sobre como um serviço sem qualidade pode interferir no comportamento dos nossos filhos e na percepção que nossos filhos possam vir a ter sobre nós e eu já explico isso mais à frente.

Quando engravidei da Oli, e até antes, eu sempre dizia que não queria ter babá. Minha primeira ideia era coloca-la na escolinha, assim que eu voltasse a trabalhar. Bom, essa parte vocês já sabem – eu ainda não retornei ao mercado e continuo integralmente com a Oli. Sempre fui muito criticada por essa postura, que nunca pude colocar em prática (e não vou dizer que não continuo sendo criticada, por ter optado por ficar integralmente com a Oli. Nós mães, perante o julgamento alheio nunca acertamos, não é mesmo?)

E hoje, mais do que nunca, vejo que a decisão de não ter babá foi a que melhor nos atendeu. Não apenas por ter a oportunidade de conviver com tanta qualidade com a Oli, nem por não ter que dividir minha rotina e intimidades com uma pessoa de fora, mas pelo que tenho vivenciado em meus dias nas brinquedotecas e parquinhos da vida.

O que eu vejo são, em sua grande maioria, pessoas frustradas com sua área de atuação, com o salário que ganham, com a obrigação de criar e cuidar do filho dos outros, com o descaso e muitas vezes desrespeito da família e das próprias crianças. São pessoas que não estão 100% dispostas ou preparadas para tudo o que a profissão exige.

E isso se reflete em sua postura. Aqui vou relatar algumas passagens que pude presenciar a menos de 1 metro de distância:

- Enquanto fala ao celular, geralmente sobre quanto trabalho a criança cuidada dá e o quanto os pais dela não sabem lhe dar limites, a pequena cai do escorregador de cara na areia. A cuidadora não vê, até que a pequena venha com a boca cheia de areia lhe contar o que aconteceu. Basta lavar a boca com água, dar um tapa no bumbum para ir brincar e está tudo bem. Ela já pode retomar sua conversa no celular.

- Enquanto o pequeno brinca na areia, logo abaixo da cuidadora e sua turma de amigas, podendo ouvir tudo que se fala, a conversa gira em torno dos hábitos detestáveis dos patrões, experiências sexuais do final de semana, problemas pessoais e o quanto a criança é chorona.

- Enquanto passeiam de carrinho na praça, a turminha conversa sobre o aviso prévio da colega que finalmente vai se livrar daquela criança chata da qual cuida e quem dera elas terem a mesma sorte.

- A última experiência que me chamou a atenção foi uma babá que gritava com uma criança de 4 anos a plenos pulmões, depois de correr atrás dela e dar-lhe uns puxões para que a mesma ficasse no castigo conforme ordenado, por 4 minutos, é claro. (as amigas logo comentam: nossa, mas é sempre assim com ele, né?!)

Aqui estou apenas relatando apenas alguns acontecimentos públicos. Coisas que qualquer pessoa pode presenciar. Então, não consigo nem imaginar o que se passa quando ninguém está vendo.

E eu duvido que qualquer ocorrência dessas surja na presença dos pais. Na frente deles elas são prestativas, proativas e amorosas.

E aí vocês podem dizer, “Ah, mas se algo assim acontecesse, eu perceberia. Ou meu filho de 4 anos me contaria.”

Será? Faz 1 ano e 4 meses que convivo nesse meio e posso dizer que não tenho notado muita rotatividade nos locais que frequento. Quero dizer, tenho convivido com as mesmas babás e as mesmas crianças.

Destas cenas que presencio acima, muitas vezes também escuto a babá reclamar que a criança não dorme bem, que não come bem, que ela é muito chorona, ou muito quieta, que às vezes é violenta ou birrenta... E aí, será que isso não tem a ver com esse meio que a criança está vivendo?

Entendo que cada família sempre procura fazer o que julga melhor, e o que está dentro de suas possibilidades. Porém, cabe este alerta.

(E aqui, vale dizer: isso não se aplica a todas. Há exceções. Há quem cuide, brinque, converse, explique, atente e tudo com tanto carinho, que me faz ter fé. Fé que um dia, se eu precisar, conseguirei contratar uma pessoa assim.)

E como como garantir que a babá dos nossos filhos sejam tudo (ou grande parte) o que a gente deseja que elas sejam?


Eu não sei responder. E vocês?

OBS: Que fique claro que este post não critica de forma alguma a decisão das famílias por ter babá. Apenas proponho uma reflexão mais consciente sobre a qualidade do profissional, se não da pessoa, que se coloca dentro de casa para conviver e cuidar do que temos de mais precioso.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Nossa primeira viagem sem a Oli

Recentemente fizemos nossa primeira viagem sem a Oli. Era algo que já estava planejado há muito tempo, antes mesmo de engravidar dela. E aí, quando ela nasceu deu aquele aperto, pois achei que não ia aguentar ficar longe nem mesmo 1 semana. E no fim a gente conseguiu. E foi ótimo, para nós e para ela.

E achei que seria um bom assunto pro blog. Então, vamos lá.

Muita gente me dizia para programar uma viagem só eu e o marido quando a Oli tivesse 6 meses. Achamos muito cedo. Porém, a viagem de encontro dos 5 anos de formado do marido em Chicago já estava programada e a Oli teria 1 ano nesta época. Achamos perfeito.

Para nos dar ainda mais segurança, a Oli já estava curada da alergia alimentar. Então, o trabalho da vovó e os nossos corações ficariam mais tranquilos. A única coisa que não pensamos direito foi o tempo da viagem. Ficamos 15 dias fora e isso foi demais para uma primeira viagem sem a pequena – inclusive, nossa nova meta é não passar mais de 10 dias longe. A gente morreu de saudade, mas ela parece não ter entendido o tempo que ficamos fora.

Para nós, como casal, foi ótimo. Deu para passear, namorar, sair sem hora, tudo que não fazíamos há tempos. E acima de tudo, deu para conversar muito. E isso é muito legal. Porque no dia a dia a gente acaba conversando só sobre as coisas corriqueiras e esquece de conversar sobre sonhos, vontades, experiências, planos futuros. E nessa viagem colocamos o assunto de 1 ano todo em dia. 

Foi uma delícia poder namorar o marido. Ter a tranquilidade para realmente escutar o que ele tem para dizer. Foi uma delícia poder descansar.


Sim, porque essa rotina de mãe 24h é cansativa. E a gente só se dá conta quando para pra respirar. A gente se esquece da gente, do que gostamos de fazer, do que gostamos de vestir, do que gostamos de comer. E ter um tempo para resgatar isso, faz super bem.

Uma coisa que fizemos e que recomendo é, se o pequeno for menorzinho, não tentar contato via Skype/Facetime. Nós fizemos o teste uma vez que a Oli dormiu na casa da vovó e foi o caos. Então, durante a viagem não tentamos falar com ela e também pedimos à vovó que não falasse da gente para ela. Isso ajudou. Além disso, ela ter ficado na casa da vovó e não em casa, onde ela poderia ficar procurando por nós, também foi bom.

E a vovó foi nota mil, nos mandava fotos, vídeos e depois que ela dormia nos dava relatórios de como tinha sido o dia. Encheu a Oli de atividades. Quando voltamos ela estava toda linda, bem cuidada e desenvolta. Sabemos que para a vovó foi uma canseira sem tamanho – se para mim que sou vários anos mais nova já é. Porém, ela fez tudo com o maior carinho e disposição.

Então, minha recomendação é: arranjem um tempo para resgatar o casal. A viagem a dois é muito importante sim. Mesmo que seja apenas um final de semana. Apenas garantam que o pequeno fique com alguém de muita confiança e aproveitem cada minuto.

A família retorna revigorada

segunda-feira, 25 de maio de 2015

O RG do Bebê

Semana passada fomos fazer o RG da Oli no Poupatempo de Santo Amaro. Confesso que gostaria de ter feito isso antes, mas não deu. Aí, hoje eu vou contar para vocês como foi nossa experiência para tentar ajudar quem está nessa fase.

Eu tinha lido no “Macetes de Mãe” (blog que amoooo) que podemos fazer o RG dos pequenos bem cedo, pois a impressão digital deles não muda. Então, por questão de segurança, é importante ter este documento, pois no caso (Deus Nos Livre e Guarde) de a criança ser sequestrada, já há o registro das digitais dela, impedindo que novos documentos falsos sejam feitos.

Porém, no início eu queria esperar a Oli ter as principais vacinas, e esperar passar a época das doenças respiratórias, afinal, o Poupa-Tempo é um aglomerado de gente. O tempo passou demais pro meu gosto, e acabamos indo com a Oli já grandinha. (Lá nas dicas vou falar mais sobre isso).
Fui com a Oli e com o marido, que precisava fazer um RG atualizado. (gente, vocês sabiam que é preciso atualizar o RG a cada 10 anos para evitar problemas em caso de emissão de documentos estrangeiros, aplicação para concursos ou viagens para países do mercosul? Aliás, é dito que o RG não tem data de validade, porém muita gente tem ido problema com documento velho. Então, fica a dica).

Apesar de ser muito chato fazer essas coisas burocráticas, fizemos tudo em 40 minutos. Fomos durante a semana, no meio da manhã.

A Oli já tem RG e agora ficamos muito mais tranquilos para poder viajar com ela.

Algumas dicas importantes:

- Não chegue com mais antecedência do que o solicitado. O atendimento é com hora marcada, e mesmo sendo preferencial, você terá que esperar até o horário certo. Ou seja, não perca tempo.

- Vá acompanhada! Não só pela questão de segurança, mas porque entre passar na triagem e efetivamente fazer os documentos, leva um tempo e é preciso ter mãos livres. Aí, ter alguém para revezar na hora de segurar ou entreter os pequenos é valioso. Lá o marido ajudou a socorrer uma mãe, desacompanhada, que estava perdendo a filha de uns 4 anos que corria em disparada para a porta.

- Se for de carro no Poupa-Tempo Santo Amaro (não sei como é nos outros), vale usar o valet do local. Você para na porta e tem toda a conveniência de já sair quase dentro do local.

- Se for levar seu bebê para fazer o RG, recomendo esperar ele ter as vacinas principais (uns 4 meses). Porém, prefira leva-lo antes que ele já tenha começado a descobrir o mundo e só queira estar no chão (fase engatinhar/andar), pois fica muito mais difícil manter as coisas sob controle depois desta fase.

- Leve todos os documentos solicitados separados numa pastinha à mão, para facilitar na triagem.


- O RG não fica pronto na hora. Leva cerca de 7 dias. Você poderá retirá-lo no local ou pedir para ser enviado por sedex.

- A foto da Oli eu fiz na gráfica do Extra Itaim. Foi ótimo e super rápido. Porém, bebes pequenos que ainda não sentam ou seguram o pescoço firme, podem improvisar a foto em casa, sendo deitados sobre um lençol branco. Tire muitas fotos para garantir. Depois, é só levar o arquivo para imprimir em uma gráfica ou loja de fotos.

E por ai? Documentos em ordem?

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Celebrando 1 ano da Oli

Okay, este post está atrasadinho, mas ainda vale.

Já fiz um post contando pra vocês meu ponto de vista sobreas festinhas que rolam por aí. Eu acho que é uma questão de gosto mesmo. Tem quem prefira fazer celebrações em buffet, quem não tenha tempo ou espaço para organizar alguma coisa e por isso opte por terceirizar.

Lá em casa eu fui criada com festinhas caseiras. Meus pais – ou talvez apenas minha mãe, não lembro – organizavam tudo. E era uma coisa muito pessoal e muito gostosa. Lembro do cheiro do bolo vindo da cozinha, de poder raspar a panela onde o recheio tinha sido feito. Lembro da mesa montada com carinho, com balinha de coco e das gelatinas coloridas que completavam a decoração. 

Acima de tudo, lembro da simplicidade – afinal, meus pais sempre trabalharam muito e com 3 filhos não se sobra muito tempo para elaborar demais – e do quanto eu adorava as coisas como elas eram.
E eu até hoje gosto das coisas assim, mais simples, mais pessoais. Foi assim no chá de barriga, no qual eu e minha família fizemos tudo e também foi assim no aniversário de 1 ano da Oli.

A Oli nem se dá conta ainda do que é aniversário, mas para não passar em branco a gente comemorou.

No dia 9 de abril fizemos uma tarde de brincar com as poucas amiguinhas da idade dela em casa, com quitutes que os bebês também poderiam aproveitar, como frutinhas, biscoito de polvilho, pãozinho e no dia 11 fizemos uma festinha na casa da minha mãe para a família, com cachorro quente, torta-pizza, pão de queijo, sanduiche de carne-louca, pastel assado de frango, bolos e doces. De novo, pude contar com a mão na massa das vovós.



Deu para aproveitar algumas coisas que já tínhamos comprado para o chá da barriga, como a suqueira, o prato do bolo, os pompons, até mesmo as bexigas que sobraram e alguns itens de papelaria. E acabei comprando outras coisas que faltavam. Porém, no fim, foi tudo muito simples, muito pessoal, como eu queria que fosse.




E apesar de ter sido bem trabalhoso, afinal, tudo aconteceu na mesma semana que eu removi 8 pintas, foi muito gostoso e muito especial. E a Oli se divertiu muito. Afinal, ela adora atenção e adora movimento, e isso tinha de sobra nos dois dias.

Gostaria muito de continuar conseguindo fazer as coisas assim. 
E por aí, como foram os primeiros aniversários?

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Praia com Bebê – A nossa experiência

Preciso confessar: eu tinha um pouco de pânico de ir à praia com a Oli. Não só pela preocupação com a areia e o mar e como a Oli reagiria a estes elementos, mas também porque não sabia se seria legal para mim, mãe.

Afinal, vamos combinar, é a gente, mãe que fica incumbida de todas as missões menos legais, enquanto o resto da turma aproveita a praia numa boa. E esta parte não foi muito diferente do que eu tinha imaginado.

De qualquer forma, vamos lá. Eu super encorajo quem ainda está reticente quanto a ir com o bebê para a praia. A Oli foi pela primeira vez com 7 meses, quando já podia usar protetor solar especial (foi liberada pelo pediatra aos 6 meses) e também repelente para bebê da Johnsons. Para testar fizemos uma viagem curta, para a casa da avó do marido na Riviera a 1h30 de São Paulo e ficamos apenas 1 dia e 1 noite.


Como dessa vez deu certo, no carnaval fomos novamente, porém ficamos mais tempo: 1 semana. E com ela maiorzinha, na época 10 meses, foi um sucesso. Ela entrou na água, engatinhou na areia, brincou, comeu areia, bebeu agua do mar... E se divertiu demais! Tanto que quando via que estávamos nos arrumando para ir para a praia, ia toda animada para o carrinho que usávamos para leva-la e ficava gritando. (Dessa vez, gritos de alegria, ufa)


Aí, a pedidos de algumas amigas, reuni algumas dicas que funcionaram com a gente, e alguns aprendizados também. Espero que eles ajudem vocês e animem uma futura viagem.

- Passe o protetor solar antes de sair de casa, com o bebê ainda sem maiô/fralda, para que você garanta que ele esteja totalmente protegido. A Oli é super branquinha e aqui optamos pelo FPS 60 da La Roche Posay Baby (vem escrito Leite na embalagem). Ela nunca ficou vermelha e ainda pegou uma leve cor.

- Insista no chapéu e se possível, óculos escuros. Os bebês tendem a reclamar e tentar tirar. Porém, o sol queima a cuca deles e incomodam os olhos.

- Leve uma bolsa de praia caprichada para o bebê. Na nossa tinha: trocador portátil, muitas fraldas – de água e comuns – pomada, lenço umedecido, protetor solar, garrafinha de água, frutinha picada, toalha com capuz, camisetinha.

- O que não levamos, e que fez falta: Garrafa de litro com água doce (de torneira mesmo) para lavar a Oli (rosto, mãos e pepeca que ficava cheia de areia)

- Leve alguns brinquedos de praia, mas não muitos, pois no fim os bebês nem ligam pros brinquedos e vão querer mexer no coco gelado, na garrafinha de água e nos chinelos.


- No carnaval a gente costumava levar a piscina inflável da Oli junto. É um trambolho e só dá para levar se tiver mais gente para ajudar na logística. Mas quando o sol estava forte, ela ficava na água gostosa da piscina, embaixo do guarda-sol brincando até dar a hora de subir.


- Sempre que o bebê sair da água, deixe-o bem sequinho e troque a fralda/maiô molhado, por uma peça seca. A gente não fez isso com tanta frequência e o resultado da nossa última ida, no fim de março, foi um forte resfriado. E também é possível desenvolver infecção ou alergia nas áreas intimas.

- Capriche na hidratação. A Oli experimentou água de coco lá e adorou. Porém, a gente também dava água sempre que conseguia.

- Se possível faça um rodízio com o marido, ou com quem se dispuser a ajudar para que você também possa aproveitar a praia. A gente contou com um anjinho que é a cuidadora da avó do marido. Então quando dava a hora eu subia com a Oli, dava o almoço, fazia dormir e a Laudeci ficava de olho nela para que pudéssemos aproveitar a praia.

- Aliás, nossa rotina básica era a seguinte:
                - 7h30: Oli acorda, mama e brinca
                - 10h00: Soneca
                - 10h30: Oli acorda e descemos para a praia
                - 12h00: A gente sobe para a Oli almoçar
                - 12h30: Banho e depois Soneca
                - 14h30: Oli acorda e brinca
                - 15h30: Oli mama
                - 16h00: A gente desce para a praia de novo e passeia
                - 17h30: A gente sobe e brinca até a hora do jantar
                - 19h00: Jantar
                - 19h30: Banho
                - 20h00: Hora de dormir

- A mala tem que ser bem variada, porque dependendo da época, final de tarde esfria bem.

- Para facilitar a vida eu optei por preparar toda a comidinha dela e levar congelada. Lá era só esquentar. O que diminuiu bem o trabalho.

- Quando a praia tem estrutura, a vida fica mais fácil. No caso da nossa ida com a Oli, achei bom porque o apartamento era bem perto da praia, e qualquer aperto era só subir. Também é ótimo quando a praia é mais plana e tem o mar mais calmo.

Resumo: a gente não aproveita tanto a praia quanto na época sem filhos, não pode abusar tanto dos horários, mas vale a ida.


A Oli adorou!


E vocês? Já foram para a praia com os pequenos? Compartilhem as experiências de vocês.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

1 Ano de Oli

Hoje a Oli faz um ano. Gente, como passou rápido o período dos últimos 6 meses. Digo os últimos 6 meses, porque o período anterior foi um pouco mais puxado. E não vou me alongar nesse assunto – que pode ser lido nos diversos posts que fiz sobre o tema – porque hoje é dia de alegria.

Uma coisa que aprendi ao longo desse ano é que sou muito mais capaz de tanta coisa do que eu imaginava ser. E a principal delas é a minha capacidade de amar. Quem me conhece sabe que esse universo romântico não é muito a minha.

Sou do tipo prático e metódico. As vezes objetiva demais. E muitas vezes, impulsiva.

Aí surgiu esse serzinho, que até hoje olho e não entendo como foi sair uma coisa tão linda e especial de dentro de mim. Uma pessoinha cheia de personalidade que completa os meus dias com emoções que eu nem imaginava ser capaz de sentir.


Uma menina sapeca que testa os próprios limites e os meus também a fim de fazer as suas próprias descobertas. Afinal, como boa ariana, ela não quer nada de mão beijada. Ela quer fazer suas próprias conquistas. E isso se reflete diariamente em suas ações.


A Oli nunca gostou de ajuda para virar, para sentar, para engatinhar e muito menos para andar. Ela quer fazer tudo sozinha. Aliás, para andar ela já identificou que talvez a ajuda seja bem-vinda para que ela possa ir mais rápido. Sim, ela adora velocidade.


Menina esperta, ela inclusive já entendeu como manipular quem está a sua volta. E cabe a nós, adultos, ficarmos espertos para não deixarmos que isso aconteça. Afinal, não queremos que ela se acostume a um mundo ao seu modo, uma vez que nem sempre isso será possível.


Ela vive numa montanha russa de emoções. Para ela tudo é muito intenso. O que muitas vezes pode ser ótimo e outras muito frustrante. Afinal, ela não disfarça seus sentimentos, nem tenta, como todos os bebês.


A Oli emana energia. Estar perto dela é se ver disposto às mais variadas atividades, apenas para ver aquele sorriso gostoso ou aquela risada contagiante. Ela fala com os olhos. Posso passar horas só observando seu olhar, horas carinhoso, horas furioso, porém sempre curioso.


E quando ela quer aprontar, logo se entrega, pois fica tão ofegante que é possível escutar da sala ao lado.


A Oli é um reloginho. Relógio que demorei um ano inteiro para programar. E a gente funciona bem junto.


A Oli é minha razão de viver. E não poderia imaginar para mim uma filha tão boa quanto ela.


Espero que um dia você leia isso, Oli. E saiba que a mamãe, o papai e que todo mundo que te ama deseja que você seja uma pessoa feliz, uma pessoa de bem com a vida, uma pessoa real, verdadeira e autêntica. Acima de tudo, seja fiel a você mesma.


Mal posso esperar pelos próximos anos que teremos juntas.



Felicidades, meu amor.



A gente te ama.