Quando nos tornamos mães, são poucas as chances que temos de
parar e pensar antes de agir. Se você for uma pessoa impulsiva como eu, então,
pior ainda. E aí, muitas vezes depois de agir é que vem o estalo de que daria
para fazer algo diferente. Alguns chamam de arrependimento, outros de
esclarecimento.
Olhando para trás, revendo posts antigos e lembrando deste
quase 1 ano e meio que passou desde o nascimento da Oli, me dei conta que se
pudesse, faria algumas coisas diferentes. E essa listinha parte de uma processo
de avaliação interno meu. E acho super válido dividir com vocês.
Aqui vai:
- Eu ousaria mais. Sim, porque a chegada da Oli, que nunca
foi um bebê fácil, me fez retrair. Eu diminuí o ritmo e nos fechei numa rotina
que era confortável para mim.
- Eu sairia mais. Por conta da alergia alimentar da Oli eu
evitava sair com ela com medo que ela pudesse ter reações. E isso tornou a
maternidade em algo um pouco pesado e muito solitário para mim no primeiro ano.
- Eu dividiria mais. Nos primeiros meses da Oli eu a puxei
muito para mim. Evitava pedir ajuda, não delegava nada que fosse dela, não
gostava de outras pessoas a pegando no colo (com isso eu aprendi a fazer
muuuuuitas coisas com uma mão só) entre outras coisas. No final das contas eu
ficava super cansada, sendo que tinha um monte de gente mega disposta a aliviar
meu lado. OU seja, não precisava ser assim.
- Eu confiaria mais nos meus instintos. Minha sogra uma vez
disse algo como “a ignorância pode ser uma benção”. E ela tem razão. Hoje em
dia com tanto acesso a informação, a gente acaba anulando a nossa intuição para
confiar no que está nos livros ou sites por aí.
- Eu me divertiria mais. Hoje eu realmente me divirto com a
Oli. Sim, tem dias que são o caos. Porém, no geral é como ter ao lado uma
amiguinha que está louca para aprender e se divertir 100% do tempo. E no
começo, eu vivia preocupada e fazer as coisas acontecerem e registrar estes
momentos em vez de simplesmente vive-los.
- Eu me desconectaria mais. Rá, mãe blogueira dizer que se
desconectaria mais é piada. Porém, é verdade. A maior parte do tempo estou com
o celular na mão para acompanhar o que acontece nas minhas plataformas, ou para
conseguir captar o momento perfeito e esqueço que tem alguém do meu lado que
tudo que quer é vivenciar este momento comigo.
- Eu cuidaria mais de mim. As vezes a gente acha que se
entregar totalmente à maternidade é abrir mão de coisas que a gente gosta de
fazer. Pois não é. A gente até cede aqui e ali, mas se anular, não faz parte do
pacote. E eu me descuidei mesmo. E agora estou correndo atrás do prejuízo.
- Eu tentaria me controlar mais. Comecei dizendo que ousaria
mais e estou aqui dizendo que me controlaria mais. A questão é que como eu
vivia cansada e como os nervos à flor da pele, não foram poucas as vezes que
fui indelicada com pessoas queridas. E são coisas que não tem como voltar atrás
mesmo.
Em termos práticos, e mais materiais, também queria fazer um
monte de coisa diferente, mas isso é assunto para outro post.
E vocês, o que fariam de diferente?
Nossa! Me identifiquei muito com suas palavras. Tenho tentado ser o que era para meu filho gostar da mãe que ele tem e não das mãezinhas perfeitinha e fofas que plantam por aí. Percebo que quando sou eu mesma ele gosta mais! Detesto fórmulas de ser uma boa mãe. Sou ousada, desencanada e molecona.
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