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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

A primeira viagem, a gente (mãe) nunca esquece

Semana passada nos aventuramos na primeira viagem com a Oli. Foi uma viagem de carro até Cunha, onde fica o sítio da vovó. São 250 km em estradas em boas condições. Ficamos 5 dias. E tendo ido e voltado já posso contar para vocês como foi, com alguns aprendizados.

Os preparativos começaram 2 dias antes, já separando roupas (inclusive o que precisaria ser lavado antes), roupa de cama e banho, brinquedos e itens de necessidade em geral. O bom de fazer as coisas com um pouco de antecedência, é que percebendo a falta de algo, ainda dá tempo de comprar ou preparar.

No nosso caso, corri para comprar um berço portátil com colchonete específico, roupinha de cama pro berço, mais 2 mamadeiras e chupetas. Também optei por já preparar e congelar o papá da Oli para os primeiros dias. Eu queria comprar a banheira dobrável da Stokke para facilitar a vida, ocupando menos espaço no carro, mas não encontrei nas lojas onde costumo ir. Em todas estavam em falta. Então levamos a grandona lá de casa mesmo.

O que levamos na viagem e que foi muito bem usado: berço portátil com colchonete e roupa de cama, 2 toalhas + toalha fralda, muitos paninhos, banheira, carrinho, cadeirinha, kit cozinha da Oli (tenho que ter tudo separado para ela por conta da alergia) coisas de uso pessoal, como mamadeiras, chupetas, nécessaire (banheiro e remédios), fraldas e brinquedos preferidos (levamos uns 10, porém ela tem uma preferência especial pelos potinhos coloridos, livrinho de pano, bola e mordedor. Podíamos ter levado apenas estes e estava ok).

O que nos fez perder o maior tempo para sair foi a instalação da cadeirinha da Oli no carro da vovó. (Ah, sim, eu e Oli fomos antes com a vovó e o marido foi no final de semana.) A cadeirinha tem isofix e tive muita dificuldade em fazer os prendedores chegarem até o ponto de fixação do carro. 

Parabéns para a vovó que conseguiu pensar mais claramente e instalou direitinho. (Eu até cheguei a ligar pro marido para pedir para ele vir pra casa trocar de carro e ele veio.) Então a dica aqui é verificar coisas assim pelo menos 1 dia antes.

Como a soneca mais longa da Oli costuma ser após o almoço dela, que é as 11h00, optamos por viajar depois de almoçar. Foi ótimo, pois a Oli dormiu mais da metade da viagem, acordando apenas quando paramos para usar o banheiro. Aí, aproveitei para trocar a fralda dela e preparar o mamá.


No carro tenha a mão uma cobertinha, para caso de o ar condicionado ficar muito frio, chupeta (se o bebe usar), paninho, mamadeiras (uma para o mamá e apenas com água para hidratar) e algum brinquedinho para distrair.

O que fiz e não recomendo: dar o mamá no carro em movimento. Principalmente se esta é a primeira vez de várias coisas, como foi a viagem. A gente acha que assim ganha tempo, mas a Oli estranhou e acabou ficando chatinha, e mamando pouco. E eu, que estava no banco de trás dando o mamá também acabei ficando levemente enjoada. Também pode ser que ela tenha ficado chatinha por conta da serra, com curvas e que gera pressão nos ouvidos.

No caminho ainda paramos na cidade para comprar um micro-ondas, porque no sítio da vovó não tinha e seria muito útil para esterilizar mamadeiras e aquecer as coisas rapidamente. E não é que facilitou a vida de todos?

Minha maior preocupação da viagem foi quanto à adaptação da Oli. Por isso, procurei seguir os horários dela à risca, mantendo intactos alguns rituais, como o do banho seguido de mamá antes de dormir à noite. E isso deu bem certo. Ela dormiu bonitinha. Inclusive, porque se tem uma coisa divina de dormir no sítio é o barulho harmônico. Sim, não é um silêncio absoluto. Há sons diversos, como de sapos, grilos, pássaros, vacas e nada incomoda. Parece uma deliciosa melodia para acalmar e relaxar.

E ter optado por ir para um lugar com o qual eu já estou muito familiarizada também ajudou. Isso porque sei onde estão as coisas que preciso, sei como funcionam as coisas, tenho liberdade com a vovó para pedir ajuda e porque pude apresentar tudo para a Oli com o maior carinho. Ela nem precisou dos brinquedos como achei que precisaria. Tinha tanta coisa para se entreter, para ver, para tocar... Chegava no final do dia exausta, porém feliz. Ficou até mais coradinha.



A volta já teve mais tropeços. Optamos por voltar na 2ª de manhã, para evitar transito na estrada. Para isso, precisaríamos sair cedo, pois o marido tinha que trabalhar a tarde. Por isso, o papá da Oli seria dado no caminho. Deixei tudo pré-pronto, contando com um micro-ondas no posto de conveniência da estrada.

Como resolvemos parar num posto novo (grande erro), o Olá, não sabíamos que não haveria micro-ondas. Ofereceram para esquentar a mamadeira e o pote do papa no banho-maria. Aceitei. Não só demorou bem mais, como também não ficou tão bom. Na hora de trocar a Oli, o fraldário ainda não estava 100%, não contando com trocador, nem torneira com água. Tivemos que pedir um copo com água, pois a Oli não usa lenço umedecido, por conta de alergia.

Dica: esteja muito mais preparada que eu. Tenha o papá já quentinho numa térmica, assim como a água do mamá e leve também um recipiente com água, se seu beber não usar lenço umedecido.

Ela não quis papar. Acho que em parte porque estava enjoada da descida da serra e outra parte porque não estava quentinho. Aceitou o mamá. No carro dormiu até chegar em SP. Aí, aquele transito super conveniente de SP esgotou a paciência da pequena, que já estava há quase 4 horas na estrada. Porém, foi o único momento de chatice. Chegando em casa ela papou tudo.

No saldo final, achamos que foi uma experiência super positiva e faremos novas viagens. Eba!

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