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terça-feira, 11 de março de 2014

Contando histórias

Li em algum lugar (leio tantas coisas em tantos lugares que é difícil manter registro) que mesmo na barriga podemos acostumar os bebês com histórias. E que quando nascem e conforme vão crescendo, aquelas histórias que contávamos enquanto eles estavam na barriga tornam-se as suas preferidas.

Eu sempre adorei contar histórias e desde pequena sempre gostei de ler. Mesmo os livros da escola e do vestibular eu gostava. Por isso, procuro conversar bastante com a Olivia na barriga e conto histórias da familia, de quando eu e o pai dela começamos a namorar, das experiências que já passamos e também leio um pouco para ela. E quando estamos em uma roda de amigos ou da familia relembrando alguma história especial, eu tenho o costume de fazer um carinho na barriga, como forma de incluí-la na conversa. (coisa de gente doida, alguns podem pensar)

Atualmente estou com um projetinho novo em produção: os livrinhos da Olivia. Nada mais são que álbuns de fotos do período da gravidez no qual eu conto para ela um pouco do que vivenciamos juntas. Está sendo uma delícia faze-los. Já são 3 livrinhos que eu estou montando com o D-Book, um aplicativo para montar fotolivros. A inspiração partiu da minha convivência com meu sobrinho.


Não sei se já contei para vocês que tenho um sobrinho de 6 anos, o Lipe. Ele é uma figurinha. Menino esperto, alegre, carinhoso, verdadeiramente especial. E se tem uma coisa que o Lipe adora é ouvir histórias da família. Não há birra que resista. Se ele não quer comer, basta iniciar uma conversa na qual contamos sobre como a gente comia quando era pequeno, ou como ele mesmo era um bebê guloso. E lá se vai um pratão de comida. Dá para ficar horas conversando com ele sobre histórias da família. Até o video game perde espaço nesse momento. Não sei vocês, mas eu acho isso o máximo!

E a minha irmã fez esses livrinhos para ele. São váaaaaaarios. E ele adora ver os livrinhos, ouvir as histórias, ver as fotos. É uma delicia. 

Acho que em tempos de vida tão corrida, esse carinho faz toda a diferença. Mostra que durante a gravidez a gente teve todo um cuidado em registrar tudo o que podia para depois poder mostrar para a criança. Que a gente se importa em contextualizar a criança dentro da nossa realidade. E que ela vai ter a chance de relembrar tudo que viveu dentro da nossa barriga e depois fora dela a hora que quiser. Para mim, significa que a gente teve todo um carinho e que está contando a história dela. Quer coisa mais especial?

Com o primeiro filho é mais fácil fazer isso. A gente tem mais tempo e disposição. Eu que o diga. Lá em casa sou a caçula e uma coisa que sempre me deixou louca da vida, mas que hoje eu entendo melhor, é a diferença na quantidade de albuns de fotos de cada um: a Van tem uns 5 ou 6, o Rafa tem uns 3 ou 4 e eu tenho 2. Hoje eu realmente entendo. Minha mãe sempre trabalhou pacas (como professora e como mãe) e nunca teve uma estrutura por trás para cuidar de nós 3. Era tudo ela. E mesmo sem ter a mesma quantidade de álguns que meus irmãos, nós 3 sempre tivemos a mesma "quantidade" de amor e carinho dedicados por ela e por nosso pai. Então, sem mágoas.

Voltando... Se tivermos mais filhos, espero conseguir continuar com essa prática. Acho que vai ser bem especial poder contar essas historinhas para a criançada. Tomara que a Olivia curta tanto quanto o Lipe, ou mesmo quanto eu.

Quem sabe a gente comece uma tradição toda nossa de contar as histórias da família? Delícia!

Bom, por hoje é "só".

Até a próxima. =)

Um comentário:

  1. Acabei de ler e gostei muito.Nada tão especial e maravilhoso quanto a manifestação do amor.Este é o segredo da construção de Um Mundo bem Melhor.Sinto uma imensa alegria ao ver que no nosso convívio conseguimos plantar essa semente.Beijos, Teté. Esse é o Caminho.Evanio

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