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terça-feira, 6 de maio de 2014

O Recomeço

Entre uma mamada e outra, encontrei um tempinho para escrever. A verdade nua e crua é que quando me diziam o quão difícil é o primeiro mês com um bebê novinho em casa, eu nunca acreditei. A primeira semana, então, é o caos. E assim, acabei comprovando o que sempre me disseram. Vamos lá?

Como eu já havia dito em algum post anterior, eu optei por não ter babá. (Tenho vários motivos para ter feito essa escolha e quem sabe um dia isso ainda renda um post.) Por outro lado, eu tive a enorme sorte de contar com uma família super disposta a ajudar. Minha mãe praticamente se mudou para nossa casa nos primeiros 20 dias (e continua vindo 2 x por semana para me dar uma folga), minha sogra conseguiu nos ajudar intensamente na 1ª semana, até não poder mais por motivo de força maior, o maridão se mostrou um pai incrível e um marido ainda mais sensacional do que eu poderia imaginar e por ai vai.

Ainda assim, é difícil pacas. A gente nunca dá muito valor a coisas simples até se ver privado delas. Isso inclui poder ir ao banheiro quando tem vontade, dormir bem por ao menos 6 horas consecutivas, fazer as refeições junto com o resto da família, atender telefonemas, tomar banho quando quer e ainda poder lavar bem o cabelo, entre outras coisas.

E a gente tem que aprender a organizar a vida de forma a não enlouquecer. Afinal, não é porque virei mãe que deixei de ser esposa, mulher e ter uma empresa que depende só de mim para acontecer. Então tive que aprender a me organizar na marra. E nesse processo a gente vai descobrindo que é capaz de muita coisa que nem imaginava. Inclusive dizer não. Sim, porque nesse primeiro mês, ainda tentando criar uma rotina pro bebê, receber visitas em casa não é fácil. Ainda mais se é visita-vista, do tipo que você precisa fazer sala. Simplesmente não dá. O negócio é saber, educadamente, recusar o pedido da visita e posterga-la até o próximo mês, ou quando você sentir que as coisas estão mais em ordem. Agora, se for visita-mão-na-massa, aí sim, é sempre bem-vindo.

E aqui vai uma dica: Namorar o seu bebê é irresistível. Porém, consome valiosos minutos que poderiam ser aplicados em sonecas, organização das suas coisas e das coisas do bebê ou mesmo atividades comuns, como escovar os dentes. Por isso, procure se controlar. É difícil, eu sei bem, mas é pro seu bem e para o bem do seu bebê. Aproveite os momentos como as mamadas para namorá-lo bastante.

Voltando: A primeira semana foi bem difícil. Os 3 primeiros dias, quase impossíveis. Porém, calma. Como eu havia dito no post anterior, eu cheguei em casa da maternidade sem saber amamentar e com um bebê faminto e irritado. O resultado disso foram horas seguidas de choro (dela e meu). No meu caso, entendo que tem a ver com o desequilíbrio hormonal pelo qual passei após o parto, intensificado pela sensação de impotência de não conseguir acalmar e suprir as necessidades da minha filhota. A partir do momento que a questão da alimentação foi solucionada, com a ajuda da enfermeira expert em amamentação, todos os demais problemas melhoraram. E estou falando de experiência pessoal. Há quem tenha achado tudo muito tranquilo desde o início.

Até semana passada a Olívia não gostava de tomar banho. E era um escândalo toda vez. Aí, a tia Van me ensinou a segurar a Olivia da forma mais confortável possível para ela, de barriga pra baixo. E agora ela chora para sair do banho. Antes ela também não dormia se eu não a embalasse antes. Agora a coloco acordada no berço, faço um pouco de companhia e ela adormece sozinha. Sim, tem um chororô antes, mas procuro manter a calma, fazer um carinho e conversar com ela para que ela possa relaxar.



Com exatos 15 dias ela entrou na fase das cólicas. Tadinha... A gente sofre junto. Um choro sentido, acompanhado de uma carinha que expressa toda a dor que ela sente, acompanhado de lágrimas. Para amenizar e com a indicação do pediatra, começamos um tratamento com Colic Calm 4 vezes ao dia, tenha ou não tenha cólica. E isso também melhorou. O problema maior agora continua sendo de origem digestiva: ela tem muitos gases. E todos nós sabemos, pum preso dói! Além disso, ela é mega gulosa e sempre quer mamar mais do que consegue, o que resulta em regurgitação depois, que também incomoda.

Eu achei tranquilo cuidar do umbigo. Ele demorou para cair (ela tinha 19 dias), e caiu sozinho. Só percebi quando fui trocar a fralda. Nesses dias ainda tivemos episódios como coco-jato de madrugada, coco na banheira, xixi na mamãe, escândalos durante a mamada porque o volume de leite é maior do que ela consegue beber, escândalo para dormir no berço, após passar o dia dormindo no colo e por aí vai.

Porém, acho que agora estou menos ansiosa e lidando com mais calma em cada situação. Além disso, conto com uma biblioteca que me socorre em momentos de apuro. E conforme prometido, segue o contato da enfermeira e dicas de leitura:

Miriam Leal, enfermeira obstetriz – (11) 99938-9586
Filhos da gravidez aos 2 anos de idade, Sociedade Brasileira de Pediatria
A Encantadora de Bebês resolve todos os seus problemas, Tracy Hogg e Melinda Blau
O Bebê mais feliz do pedaço, Dr. Harvey Karpp

Quando eu tiver mais um tempinho, volto com mais novidades. E quem quiser compartilhar suas próprias experiências, fique à vontade.


Até o próximo post.

2 comentários:

  1. Oi! Como sempre amo ler o seu blog! Depois dos tres meses o bebe muda, fica mais alegre, mais calmo, etc... Os tres primeiros meses sao dificeis..mas existe a luz no final do tunnel. Namore muito o seu bebe...que saudades que tenho dessa fase "newborn" eh uma delicia. Beijos e tudo de bom!

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  2. Oi Debbie. Obrigada pelo apoio. Relamente acho que com o tempo vai ficando mais fácil. Se eu for comprar a 1a semana com a 4a semana, vejo a evolução. E estou contando com isso... rsrsrs
    bjs

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