O Parto

Aos poucos vou retomando as atividades. Queria apenas dividir com vocês como tem sido este recomeço. Sem firulas, sem romance, sem exageros, apenas como tem sido. Hoje vou contar sobre o parto.

Quem leu o post anterior sabe que o parto foi cesárea, com 39 semanas, pois a Olivia se mostrava um bebezão. E é mesmo: a pequena, não tão pequena nasceu com 3,525 kg e 49,5 cm. Linda, corada, saudável... um sonho de bebê.

Ela nasceu na Maternidade do Einstein. O parto foi agendado para as 11h da manhã. Chegamos ao hospital às 9h para os procedimentos de internação. Correu tudo super bem. Por incrível que pareça eu me mantive muito calma. E isso ajuda bastante.

Para quem morre de medo do parto eu digo: Gente, o parto foi super tranquilo. O que mais doeu foi fazer o acesso para o soro e os remédios no braço. A equipe médica era incrível. O meu médico, Dr. Luis Salvoni me acompanha há quase 13 anos e foi sensacional durante todo o processo. O anestesista, Dr. Milton tinha a mão mais leve do mundo, pois não senti sequer a picada. E em poucos minutos, estávamos com a Olívia nos braços.

São tudo flores? Não. Após a anestesia fiquei um pouco enjoada, mas bastou regular a respiração que a sensação passou. E houve um procedimento do hospital que não me agradou. Há um momento de integração entre mãe e bebê pós-parto, no qual trazem o recém-nascido para mamar. No meu caso, não ficou nnguém na sala comigo. Apenas eu e a Olívia. Parece um momento mágico, certo? Não foi. Ela logo começou a se mexer um monte em cima de mim, deitada, recém-operada e costurada e ainda grogue da anestesia. Eu chamava por ajuda e parecia que ninguém ouvia. E a espera pareceu eterna. Então, isso foi um ponto negativo.

Passado o episódio, fui para o quarto, onde o maridão me esperava. E logo chegou a nossa boneca. Muita gente consegue receber visitas já no primeiro dia. Eu não consegui. Fiquei grogue demais, sangrei demais e as visitas foram canceladas. Porém, não senti dor alguma. E de noite já consegui tomar banho com pouca ajuda. Dica para quem vai ter bebê durante o dia: vá de banho tomado. Você se sentirá muito melhor.

Já no segundo dia as visitas estavam liberadas. E como foi gostoso ver gente querida, que mesmo durante a semana e no caos de SP, conseguiu arranjar um tempinho para nos visitar. Aproveito para agradecer o carinho de todos mais uma vez. Aliás, a maternidade é o melhor lugar para se receber as visitas. Isso é um fato. Apenas limitamos o horário das visitas até as 20h30, pois a gente precisa descansar para dar conta e começar a produzir um bom leitinho, né? E com enfermeira entrando no quarto a cada 2 ou 3 horas, mais o pessoal da cozinha, mais limpeza, isso fica um pouco difícil.

Na maternidade não consegui me ajustar à amamentação. Cada enfermeira me dava uma orientação diferente e no fim eu não consegui me entender com a Olivia nesse aspecto. A "vantagem" é que por ela ser grandinha, tinha bastante reserva de energia. A desvantagem é que só percebi isso quando cheguei em casa, com um bebê com fome e irritado. Mais uma dica: quem tiver a possibilidade, contrate a assessoria de uma enfermeira especializada em amamentação antes do bebê nascer. Vai te poupar de possíveis desconfortos futuros. Eu recebi a ajuda de uma excelente ontem, que mudou de vez a minha rotina com a pequena. Em outro post faço as indicações.

A saída da Maternidade foi demorada. Recebemos alta, mas precisava vir um monte de gente falar consoco e nos orientar, e com isso o horário da mamada da Olívia ficou super comprometido. 

O bacana é que nos ensinam a usar a cadeirinha de carro corretamente. Assim, a volta pra casa é mais tranquila.

E não tem sensação melhor do que a entrar em casa com o seu bebê nos braços. Eu fiquei emocionada.

Agora o que aconteceu nos dias seguintes eu deixo para um próximo post: O Recomeço.

Eu agradeço toda a equipe do hospital que foi super gentil e atenciosa conosco durante nossa internação e todos os amigos e familiares que de alguma forma nos prestigiaram com tanto carinho.

Até o próximo post!