Recentemente eu deixei de seguir alguns perfis no Instagram.
Eram pessoas que eu já seguia há algum tempo, desde que me tornei mãe, que
falavam sobre maternidade.
O motivo que me fez deixar de seguir estes perfis é simples:
baseado na realidade que elas me apresentavam, eu me sentia uma caca de mãe. Eu
sei que não sou uma caca de mãe, porém o sentimento me incomodava.
Já explico.
Essa coisa de mãe blogueira vem ganhando muito espaço. Tem
gente que faz um trabalho incrível, de quem eu sou muito fã. E tem quem parece esquecer que do outro lado tem seguidores que são pessoas de verdade, que vivem uma
realidade diferente, que têm ansiedades e inseguranças e muitas vezes (a
maioria) não dispõe das mesmas possibilidades (nem de tempo, nem de espaço, nem
de grana).
Aí, eu acompanho os comentários, as dúvidas, e muitas vezes
o desespero dessas mães, novas como eu, que assistem pelas redes sociais outras
mães que parecem absolutamente perfeitas. Tem resposta para tudo, estão sempre
bem vestidas e maquiadas, de bem com a vida, criam “sozinhas” os filhos e ainda
dão conta de manter a vida social e o romance, podem oferecer os melhores
brinquedos aos pequenos, tem sempre alguma novidade vinda do exterior para
mostrar, entre outras coisas.
E gente, pra mim, reles mortal, isso não é vida real. E acho
que isso ajuda a aumentar ainda mais a pressão sobre as mães que, como eu,
estão tentando fazer a coisa da melhor forma que conseguem.
Eu amo ser mãe.
Com todos os seus altos e baixos (e vamos combinar que o
primeiro ano tem mais baixos dos que altos), eu aprendi a ser uma mãe que é boa
para a Oli. A gente dá certo junto. Porém, afirmo para quem quiser ouvir, não é
um mundo cor de rosa. Tem muita coisa gostosa e também tem muita coisa difícil,
que faz você questionar onde estava com a cabeça quando decidiu ser mãe.
Ai, voltando à coisa da maternidade real e o que isso tem a
ver com o Palpiteca:
Quando comecei o Palpiteca, lá em 2008/2009, foi para
dividir dicas, palpites e sugestões sobre tudo. Na época eu estava super
envolvida com o meu (nosso) casamento e tinha bastante dica sobre isso. Depois,
foram surgindo posts com um perfil mais de crônicas e depois passei por uma
fase bem chata e cri-cri, que também se refletiu no blog. (essas fases foram
deletadas em um rompante meu!)
Aí, quando virei mãe, achei natural ajustar o perfil do blog
para essa realidade, mesmo sabendo que o que não falta no mundo são mães
blogueiras. Isso é algo que amo fazer: escrever, compartilhar experiências. E
no fim, blogar e dividir experiências me faz sentir menos sozinha, porque a
maternidade, às vezes, também é muito solitária.
E esse ano resolvi que no Palpiteca vou mostrar para vocês
um mundo mais real (sem deixar a diversão de lado). Vou dividir as nossas experiências e pedir para que vocês
façam o mesmo conosco. Quero trazer mais pessoas para colaborarem com a gente,
com conhecimento especializado e conhecimento adquirido.
Além disso, estou preparando algumas novidades para o blog,
o facebook e o instagram. O Pinterest também vai continuar existindo.
E conforme essas novidades forem ficando prontas, eu conto
para vocês.
Espero que gostem e que participem!
Com carinho,
Teca e Oli
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