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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Oli vai à escola – O processo de escolha

[Aviso: post grande e talvez confuso, pois foi escrito enquanto espero a Oli na secretaria da escola]

Olha, escolher a primeira escola dos filhos é um processo complexo. Ainda mais se você for pai/mãe de primeira viagem e não for da área de educação. Claro, a gente tem em mente quais são os valores que queremos que a escola tenha, porém tem muito mais coisa a ser considerada nesse processo, ainda mais quando eles são tão pequenos e demandam tanto cuidado e atenção.

Já ouvi muita gente dizer que escolinha é um lugar que os pequenos vão só para brincar: de massinha, tinta, areia, etc e que não vale estressar. Que o melhor é colocar na mais perto de casa. E já li muito texto falando da importância dessa experiência para a formação dos pequenos. Então investimos bastante tempo nessa escolha.

A ideia deste post é dividir com vocês como foi a nossa experiência, sem dizer o que é certo ou errado. É apenas um relato.

A gente já partiu do ponto que ela estudaria de tarde. Isso porque, além de eu ter a disponibilidade para ficar com ela em meio período, ela costuma acordar depois das 8 da manhã e aproveita 1h30 a 2h da manhã na companhia do pai, que tem alguma flexibilidade de horário.

Para seguir com nossa escolha, pesquisamos entre amigos pais suas recomendações. E nessa hora, é legal ter algum cuidado. Sugiro pegar indicações de pessoas que tem muito a ver com você. E isso vale tanto para contexto familiar, como possibilidades financeiras e crenças e valores.

A partir daí, tínhamos 4 alternativas. Era hora de conhecer pessoalmente as escolas. E aqui vai mais uma dica: não faça isso sozinho. Para conhecer as escolas é interessante que ambos os responsáveis estejam juntos, para que uma decisão conjunta consciente seja tomada. Se não for possível, leve com você outra pessoa que possa avaliar de forma coerente a escola e discutir com você impressões. Em três escolas fui com o meu marido. Na quarta fui com minha sogra.

Algumas ganharam muitas estrelinhas na avaliação e outras não. No fim, pelo cansaço e também por achar que não tínhamos mais tempo, nem conseguiríamos vagas em outras escolas, fiz uma pre-reserva em uma escola que nem me agradou tanto, mas tinha sido super bem recomendada. Eu ia dar uma chance.

Aí, recebi uma indicação de nosso pediatra. Ela veio em uma consulta depois que lhe contei sobre a minha experiência nesse duro processo            . Ele me disse que tinha muitos pacientes nesta escola, e que não só as mães adoravam a escola, como as crianças também mostravam um desenvolvimento muito interessante. Além disso, era próximo de nossa casa. E ai, pensei: por que não? Liguei lá para saber se ainda havia vagas. E sim, havia.

Nessa fui com minha mãe, professora aposentada. Inclusive, eu mesma tive aulas com minha mãe no primário. Foi unânime. Adoramos! O espaço era ótimo. A estrutura era simples, porém super adequada. A proposta pedagógica era excelente. Salas com menos de 15 alunos e com 3 responsáveis. Atividades estimulantes. O ambiente em funcionamento emanava boas energias, com crianças sorridentes e mostrando muita autonomia. E o atendimento que recebemos foi sensacional. Me apaixonei. E para melhorar, o preço era bem justo. Encontramos a nossa escola!

Ah, para ajudar (espero), vou dividir o que mais levamos em conta:

Ambiente e estrutura: Como é a equipe? Qual será a vivência que ela terá? Há bastante espaço para atividades diversas? A escola valoriza o brincar? A escola estimula a autonomia da criança? Como são tratados limites e regras? Há professores especialistas para áreas como artes, educação física e música? Se necessário, a escola oferece período estendido?

Proposta pedagógica: existem tantas variáveis, que a gente fica até tonto. E aqui não tem jeito: precisa ser uma proposta que esteja alinhada com os valores da família. No nosso caso queríamos uma escola que estimulasse a criatividade, a curiosidade, o conhecimento e a consciência dela. Encontramos no método sócio construtivista uma boa alternativa.

Proximidade com nossa casa: a Oli é muito pequena para passar muito tempo dentro do carro. Preferimos que o tempo dela seja investido em atividades interessantes ou mesmo que ela possa descansar bem e se alimentar melhor do que perder mais tempo no transito. Além disso, como sou eu quem faz o transporte dela, também não poderia ser cansativo para mim.

Número de alunos por sala + número de responsáveis por sala: isso é uma coisa a qual eu me apeguei bastante. Nessa fixa etária eu acho importante ter um número reduzido de alunos por sala e que os responsáveis consigam dar conta e atenção a todos.

Valor da mensalidade: em tempos de crise não dá para gastar o que não temos. Claro que a educação dos nosso filhos sempre vale o sacrifício, mas é preciso cuidado. Então, vale pesar bem o valor antes de fazer a escolha para não se enforcar. E ter em mente outros custos como taxa de material, uniformes, entre outros.

Segurança: Aqui, além da segurança da própria escola, como sistema de portaria, observo como as crianças são recebidas, se há estacionamentos próximos, como é o bairro, a movimentação da rua da escola, entre outras particularidades.

Outras coisas que para mim são um extra bacana na escola da Oli: obrigatoriedade de uniforme (à qual eu agradeço vendo o estado que os uniformes chegam em casa), lanche trazido de casa (que permite trocas e novas experiências entre os pequenos – que agora, sem a alergia para nos preocupar, é uma coisa bacana), atendimento personalizado e super atencioso, e depois de conhecer os pais dos alunos me dá a tranquilidade de saber que a Oli terá uma vivência muito completa.


E com vocês, como foi esse processo?

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