Olha, escolher a primeira escola dos filhos é um processo
complexo. Ainda mais se você for pai/mãe de primeira viagem e não for da área
de educação. Claro, a gente tem em mente quais são os valores que queremos que
a escola tenha, porém tem muito mais coisa a ser considerada nesse processo,
ainda mais quando eles são tão pequenos e demandam tanto cuidado e atenção.
Já ouvi muita gente dizer que escolinha é um lugar que os
pequenos vão só para brincar: de massinha, tinta, areia, etc e que não vale
estressar. Que o melhor é colocar na mais perto de casa. E já li muito texto
falando da importância dessa experiência para a formação dos pequenos. Então
investimos bastante tempo nessa escolha.
A ideia deste post é dividir com vocês como foi a nossa
experiência, sem dizer o que é certo ou errado. É apenas um relato.
A gente já partiu do ponto que ela estudaria de tarde. Isso
porque, além de eu ter a disponibilidade para ficar com ela em meio período,
ela costuma acordar depois das 8 da manhã e aproveita 1h30 a 2h da manhã na
companhia do pai, que tem alguma flexibilidade de horário.
Para seguir com nossa escolha, pesquisamos entre amigos pais
suas recomendações. E nessa hora, é legal ter algum cuidado. Sugiro pegar
indicações de pessoas que tem muito a ver com você. E isso vale tanto para
contexto familiar, como possibilidades financeiras e crenças e valores.
A partir daí, tínhamos 4 alternativas. Era hora de conhecer
pessoalmente as escolas. E aqui vai mais uma dica: não faça isso sozinho. Para
conhecer as escolas é interessante que ambos os responsáveis estejam juntos,
para que uma decisão conjunta consciente seja tomada. Se não for possível, leve
com você outra pessoa que possa avaliar de forma coerente a escola e discutir
com você impressões. Em três escolas fui com o meu marido. Na quarta fui com
minha sogra.
Algumas ganharam muitas estrelinhas na avaliação e outras
não. No fim, pelo cansaço e também por achar que não tínhamos mais tempo, nem
conseguiríamos vagas em outras escolas, fiz uma pre-reserva em uma escola que
nem me agradou tanto, mas tinha sido super bem recomendada. Eu ia dar uma
chance.
Aí, recebi uma indicação de nosso pediatra. Ela veio em uma
consulta depois que lhe contei sobre a minha experiência nesse duro processo . Ele me disse que tinha muitos
pacientes nesta escola, e que não só as mães adoravam a escola, como as
crianças também mostravam um desenvolvimento muito interessante. Além disso,
era próximo de nossa casa. E ai, pensei: por que não? Liguei lá para saber se
ainda havia vagas. E sim, havia.
Nessa fui com minha mãe, professora aposentada. Inclusive,
eu mesma tive aulas com minha mãe no primário. Foi unânime. Adoramos! O espaço
era ótimo. A estrutura era simples, porém super adequada. A proposta pedagógica
era excelente. Salas com menos de 15 alunos e com 3 responsáveis. Atividades
estimulantes. O ambiente em funcionamento emanava boas energias, com crianças
sorridentes e mostrando muita autonomia. E o atendimento que recebemos foi
sensacional. Me apaixonei. E para melhorar, o preço era bem justo. Encontramos
a nossa escola!
Ah, para ajudar (espero), vou dividir o que mais levamos em
conta:
Ambiente e estrutura: Como é a equipe? Qual será a vivência
que ela terá? Há bastante espaço para atividades diversas? A escola valoriza o
brincar? A escola estimula a autonomia da criança? Como são tratados limites e
regras? Há professores especialistas para áreas como artes, educação física e
música? Se necessário, a escola oferece período estendido?
Proposta pedagógica: existem tantas variáveis, que a gente
fica até tonto. E aqui não tem jeito: precisa ser uma proposta que esteja
alinhada com os valores da família. No nosso caso queríamos uma escola que
estimulasse a criatividade, a curiosidade, o conhecimento e a consciência dela.
Encontramos no método sócio construtivista uma boa alternativa.
Proximidade com nossa casa: a Oli é muito pequena para
passar muito tempo dentro do carro. Preferimos que o tempo dela seja investido
em atividades interessantes ou mesmo que ela possa descansar bem e se alimentar
melhor do que perder mais tempo no transito. Além disso, como sou eu quem faz o
transporte dela, também não poderia ser cansativo para mim.
Número de alunos por sala + número de responsáveis por sala:
isso é uma coisa a qual eu me apeguei bastante. Nessa fixa etária eu acho
importante ter um número reduzido de alunos por sala e que os responsáveis
consigam dar conta e atenção a todos.
Valor da mensalidade: em tempos de crise não dá para gastar
o que não temos. Claro que a educação dos nosso filhos sempre vale o sacrifício, mas é preciso cuidado. Então, vale pesar bem o valor antes de fazer a escolha para
não se enforcar. E ter em mente outros custos como taxa de material, uniformes,
entre outros.
Segurança: Aqui, além da segurança da própria escola, como
sistema de portaria, observo como as crianças são recebidas, se há
estacionamentos próximos, como é o bairro, a movimentação da rua da escola,
entre outras particularidades.
Outras coisas que para mim são um extra bacana na escola da Oli:
obrigatoriedade de uniforme (à qual eu agradeço vendo o estado que os uniformes
chegam em casa), lanche trazido de casa (que permite trocas e novas
experiências entre os pequenos – que agora, sem a alergia para nos preocupar, é
uma coisa bacana), atendimento personalizado e super atencioso, e depois de
conhecer os pais dos alunos me dá a tranquilidade de saber que a Oli terá uma
vivência muito completa.
E com vocês, como foi esse processo?
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