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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Erros de uma mãe de primeira viagem - Parte I

Ser mãe é a melhor escola que eu poderia ter. A cada dia surge um aprendizado novo. E como acontece com todos os aprendizados, eles ocorrem através de erros e acertos. Acho que já fiz alguns posts sobre os acertos, e com isso, pode parecer que o mundo aqui de casa é todo cor de rosa. Não é.

Hoje vou aliviar um pouco e falar dos meus erros. Aí, quem sabe outras mamães possam se identificar e quem sabe evitar comete-los (mesmo sem saber como, os pequenos agradecem).

- Super decorar o quarto: claro que a gente quer que o bebê tenha um quartinho lindo e confortável para dormir e brincar. Porém, é importante ter em mente que o quartinho deve, acima de tudo, ser funcional. Por isso, enchê-lo de coisas pode acabar atrapalhando. Vale lembrar que conforme o bebê cresce, aumentam também as “tralhas” que precisamos para cuidar e entretê-los. Por isso, deixar espaços livres vai bem. Dica: Uma boa cômoda com trocador e kit higiene, berço, cadeira de amamentar, mesa lateral/criado mudo (com gaveta é melhor ainda) com pelo menos 30 cm de área para apoiar coisas, um abajur e, se couber, uma cama de apoio para facilitar nas noites agitadas bastam.

- Kit Higiene: um kit bonitinho é o máximo. No entanto, tenho duas dicas valiosas: evite garrafas térmicas cuja alça se prende à tampa – aqui em casa na correria e no cansaço não fechei bem a garrafa e ao puxar a alça ela se espatifou no chão fazendo o maior estrago – e tenha uma lixeira de verdade. Evitem o “lixinho bonitinho com tampa” que precisamos tirar e pôr a todo uso. Com as inúmeras trocas de fralda é normal esquecer de fechar a tampa e o cheiro das fraldas fica no ar. Prefira uma lixeira comum, com pedal ou se quiser ser mais high-tech uma com sensor que abre com o aproximar da mão. Ai, se quiser, dê seu toque pessoal.

- Ser superprotetora: é normal a gente ficar mais ciumenta e querer proteger o bebê de tudo e de todos. Porém, por mais difícil que seja – e é mesmo – procure ser mais leve e se coloque no lugar dos outros. Quando o bebê nasce, ainda mais se for o primeiro da família, é normal e esperado todo mundo querer conviver com ele, querer pegar no colo e tudo o mais. Então, de espaço para isso para não pegar fama de chata, pois essa é bem difícil de sair, e não estragar o momento para todos. Se você achar que está rolando abuso, vale pedir ajuda do maridão para ajudar a contornar as situações delicadas.

- Atrasar a hora de dormir: fiz isso aqui ao longo dos 3 primeiros meses. O marido adorava participar do banho, mas só conseguia chegar em casa depois das 19h30. Então eu mantinha a pequena acordada, ou esticava além de 1 hora a ultima soneca dela para isso acontecer. Aí, ela acabava indo pro berço depois das 21h30. Se vcs acham que isso significa que o bebe fica mais cansado e dorme mais, se enganam. Sim, ela fica mais cansada, mas dormia muito pior por conta disso. Ai, fui ler a respeito do sono do bebê, descobri o erro e ajustei o relógio. Agora ela vai pro berço antes das 20h e dorme bem melhor. E o maridão participa do banho nos finais de semana e nos dias que consegue chegar mais cedo.

- Ler demais sobre maternidade antes do bebê nascer. Ler sobre maternidade é legal, para a gente se preparar. No entanto, é preciso muito cuidado para não bitolar e deixar de ouvir os seus instintos. Eu aqui não entendia porque não conseguia fazer a Oli dormir direto no berço, ou não conseguia fazê-la parar de chorar com o casulinho, se nos livros dizia que funcionava. Achava que estava sempre fazendo alguma coisa errada. Ai, o instinto falou mais alto e fui averiguar o incomodo para mamar, o tal do refluxo, os gases, o muco no coco, a irritação e descobrimos a alergia alimentar. Então, fica a dica: ler é bacana, porque conhecimento é sempre bem-vindo. Só não vale bitolar e esquecer que cada bebê funciona de um jeito.

- Tentar fazer o bebê dormir quando acorda de noite, sem alimentá-lo, porque alguém disse que se alimenta-lo ele acostuma e nunca dormirá a noite toda. Gente, não façam isso, principalmente nos primeiros meses do bebê. Erro terrível. A Oli acordava de 1 em 1 hora, porque tinha fome e a anta aqui guiada por essa dica terrível cismava em niná-la sem alimentá-la. Foi mudar o padrão e dar o mamá dela que ela passou a esticar mais a noite. 

- Evitar pegar o bebê no colo porque disseram que não devemos acostumá-los assim. Erro máster. Bebê precisa de colo para se sentir bem, para se acalmar, para se sentir cuidado. Quando passei a pegar mais a Oli no colo – sim, eu a faço esperar um pouco para isso, para ela entender que não se pode ter tudo na hora que queremos – ela passou a ficar muito mais tranquila. E hoje, quem não quer ficar no colo é ela. Ela acha muito mais gostoso ficar na cadeirinha, no tapetinho, no pula-pula, no carrinho... Ela ainda gosta do colo, principalmente antes de dormir, mas aprendeu que os outros lugares também são legais.



Vixi, o post ficou bem longo, né? Bom, ainda tem mais um monte de coisa que eu fazia e que faço que certamente são erradas, e vou tentar fazer outros posts sobre o assunto. O principal aqui é deixar o recado que a gente erra pacas, mas é sempre com a melhor das intenções. E que é errando que se aprende. Seja com os nossos erros, ou com os erros dos outros. E não vale se crucificar toda vez que perceber que errou. Acontece. Basta tentar corrigir e fica tudo certo.

E vocês? Quais foram os principais erros que já cometeram enquanto mães de primeira viagem?

Beijos e até o próximo post.

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