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domingo, 21 de setembro de 2014

Na mão, não!

Toda sexta-feira eu vou ao mercado com a Oli. É dia de abastecer pro final de semana e semana seguinte. E é esse o dia que minha paciência e educação são colocadas à prova (de fogo). Isso porque não basta as pessoas olharem e elogiarem a Oli, elas também querem pegar nela. Pessoas absolutamente estranhas, que nunca vimos na vida. 

E o meu incômodo vai além da superproteção de mãe primeira viagem, mencionada no post anterior. É uma questão de bom senso. Afinal, se você vê uma pessoa que te encanta em um lugar público você vai lá pegar nela, passar a mão na cabeça, tentar pegar na mão (e não estou me referindo a baladas)? Não. Então, por que com criança é diferente?

Também é uma questão simples de higiene. Você está no supermercado, repleto de produtos saídos de estoques, pelos quais podem ou não passar ratos e baratas, com seu bebê no colo, quietinho. Aí vem uma pessoa sabe-se la de onde, acabou de pegar em frango e carne crua, e pega na mãozinha do bebê. Gente, pelo amor, não se faz isso.

Eu ainda tento dificultar um pouco, pois a levo comigo no canguru, virada para mim, pensando que dessa forma consigo controlar melhor as mãos invasivas. Não consigo. E também não consigo ser indelicada, ou impedir o contato, uma vez que quase sempre estou com as mãos ocupadas. Aliás, já aconteceu de eu tentar me esquivar, virando o corpo, e a pessoa dar a volta e pegar do outro lado.

Então vamos lá: não se pega em um bebê, principalmente em sua mão, sem a autorização dos responsáveis.



E para quem não sabe, eu explico porque não se pega na mão no bebê. É muito simples: a mão do bebê vai à boca a todo instante. Logo, se você tem um resfriado, se tossiu, coçou a cabeça, o ouvido, o bumbum, se tocou em alguma coisa contaminada ou apenas suja, é isso que vai para a boca do bebê. E nem sempre temos alcool gel ao alcance para higienizar a mãozinha.

Ah, e beijar a mão então, é como beijar a boca do pequeno. (Como já diria uma amiga querida e mãe de 2)

Por isso, por favor, muito cuidado com a empolgação ao ver um bebê.

No caso da Oli, fico ainda mais tensa, por conta da alergia alimentar. Mesmo aqui em casa o controle é intenso. Se alguém comeu queijo, por exemplo, tem que lavar a mão antes de pegar nela. Simples assim.

Pode parecer neurose de mãe de primeira viagem, mas eu vejo apenas como bom senso. Quer fazer carinho? O topo da cabecinha dela é liberado. O pézinho com meia e a barriguinha também. A mão, não..

E tenho certeza que muita mãe, mesmo que sem se manifestar tão abertamente, também vai concordar comigo. 

Então fica a dica, pessoal:
Se você está indo ao mercado comprar as coisas pro seu almoço de domingo, já sabe.

Bom domingo e até o proximo post!

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