Então passada a escolha e os preparativos, vem a adaptação
escolar. E se tem uma coisa que estou aprendendo é que nesta fase de adaptação
nossos filhos podem nos surpreender. A fase de adaptação aqui está sendo um
pouco conturbada.
Na escola da Oli há um processo que achei bem positivo para
a criança, apesar de cansativa para os pais/responsáveis. Formalmente, a
adaptação tem duração de 2 semanas. Começando com 1 hora, aumentando a cada dia
e encerrando a semana com o período completo, porém com a presença dos
responsáveis em espaço separado. E na semana seguinte as crianças já começam
com 2 horas de atividades na escola, no 2º dia passa para três e do 3º dia em
diante é o período completo, porém os pais podem sair da escola.
Vou contar aqui da primeira semana.
A chegada é sempre o momento tenso, e eu já vinha me
preparando para isso. No primeiro dia, a Oli deu uma travada ao ver aquele
monte de gente nova, com algumas crianças chorando. Porém, no nosso trajeto de
carro fui falando que iriamos à escola, onde ela conheceria a professora
e faria muitas atividades novas, além de conhecer novos amigos. (As palavras “nova”
e “novidade” devem aparecer bastante neste post)
Isso foi bom, pois chegando lá ela logo perguntou pela
professora e quando a mesma chegou, Oli me deu um beijo e foi para seu colo sem
titubear. E aqui vai a dica de ouro que recebi de uma amiga: Se a criança já
sabe andar, evite entrar com ela no colo. Na porta da escola já a coloque no
chão e entre de mão dada. Dessa forma, na hora que ela for com outra pessoa não
se sentirá sendo “tirada” do seu responsável, diminuindo o stress.
No primeiro dia, terça feira, após 40 minutos a Oli pediu
para me ver e foi atendida. Isso lhe deu segurança e logo ela voltou para a
sala. Nesse dia a convivência foi bem curta, com pouco mais de 1 hora. E a saída
dela foi pura fofura. Aliás, tem sido igual todos os dias. Ela sai, me procura
e vem correndo me abraçar e beijar. De encher o coração.
Ah, enquanto estamos na escola (pelo menos na escola da Oli),
as orientadoras nos levam algumas vezes escondidas para vermos como nossos
filhos estão. E isso foi ótimo, pois eu pude ir observando a evolução da Oli em
atividade ao longo dos dias.
No segundo dia, quarta-feira, ela chegou na escola mais
tensa, pois já tinha experimentado o que iria acontecer. Porém, mesmo com leve
resistência, entrou sem chorar. Lá dentro, perguntou por mim, mas logo
encontrou algo mais legal para se ocupar, ficando 2 horas.
No terceiro dia, quinta-feira, ela deu um pouco mais de
trabalho para entrar, mas foi. E não pediu para me ver. No entanto, se recusou
a participar da aula de ginástica e optou por uma programação mais exclusiva,
tendo a companhia de uma coleguinha em sala, para desenhar.
Aqui passo para vocês duas preocupações que eu tive e que
vocês podem ter também. Essa “opção” da criança por atividades que estão fora da
grade é comum. Eu me incomodei, pois procuro estabelecer uma rotina com regras
para a Oli, e que mesmo com alguma resistência ela acaba seguindo. Na escola,
eventualmente isso vai acontecer. A criança vai se encaixar na rotina e nas
regras. Porém, esse começo é a fase de conquista. Ou seja, oferecem aos
pequenos mais flexibilidade e mais atividades divertidas para que eles se
sintam bem na escola. Não se aborreça se nas primeiras semanas seu filhote
estiver em atividades estilo livre enquanto os demais coleguinhas estiverem em
atividades coordenadas. Logo tudo entra nos eixos.
A segunda questão que me incomodou foi o surgimento de uma
dependência da chupeta. Em casa a Oli nem lembra da existência da chupeta, a
menos que esteja indo dormir. Ai, é uma na boca e outras duas nas mãos. Porém,
fora de casa, em casa ou mesmo brincando, ela nunca pediu a chupeta. Nessa
primeira semana de escola isso mudou. E para qualquer desconforto ela pede a
chupeta. Junto com o brinquedo que ela escolhe todo dia para ir à escola, a
chupeta virou seu objeto de segurança. E de acordo com a escola isso também
passa.
E como já tem muita novidade na vida dela no momento, não
vou comprar briga com ela por conta disso. Quando ela pede a chupeta em casa eu
a distraio e a faço esquecer. E de noite ela mata as saudades.
E o último dia, sexta-feira, a entrada foi ótima. Ela foi
toda animada, ficou fazendo macaquice esperando pela professora, e entrou
direitinho. Também não deu o menor trabalho durante o dia. Eu fiquei toda
feliz, achando que ela já estava super adaptada.
E na saída, a professora me traz a Oli, diz que foi tudo
ótimo, porém que segunda-feira tende a ser mais difícil. E eis que a Oli seguiu
à risca a previsão...
Mas isso eu deixo para contar para vocês no próximo post.
E por aí? Como foi a primeira semana de adaptação?
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